Os preços do petróleo operam em forte queda nesta quinta-feira (15), ampliando as perdas da véspera, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que o país está “muito próximo” de um acordo nuclear com o Irã.
O entendimento pode abrir caminho para o aumento das exportações iranianas da commodity, pressionando o mercado global.
O desempenho negativo se prolonga desde o início do pregão. Ainda na madrugada brasileira, por volta das 4h30, o barril do petróleo WTI para junho recuava 3,23%, a US$ 61,11, na bolsa de Nova York (Nymex). Já o Brent para julho caía 3,12%, a US$ 64,03, em Londres (ICE).
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Às 11h30, a queda é menor, mas ambos os contratos operam em quedas de 2,50%, negociados a US$ 61,49 (WTI) e US$ 64,41 (Brent).
Trump diz que acordo pode evitar escalada de violência
Durante viagem ao Catar, Trump declarou que o Irã “meio que concordou com os termos” para limitar seu programa nuclear, e que os EUA querem um acordo de paz “de longo prazo”, sem recorrer à força militar.
Ele não citou diretamente as sanções nem o petróleo, mas o mercado reagiu à possibilidade de o Irã retomar vendas no mercado internacional.
Autoridades iranianas já indicaram que aceitam as exigências nucleares americanas em troca da remoção das sanções econômicas, o que inclui a retomada da produção e exportação de petróleo.
Projeção para demanda elevada de petróleo pela AIE não surtiu efeitos
A Agência Internacional de Energia (AIE) publicou nesta manhã seu relatório mensal e revisou para cima as estimativas de consumo global de petróleo. A expectativa agora é de alta de 741 mil barris por dia (bpd) em 2025, com média de 103,9 milhões de bpd. Para 2026, o avanço projetado é de 760 mil bpd.
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Apesar da revisão positiva, as previsões seguem abaixo das da Opep, que ontem estimou crescimento de 1,3 milhão de bpd para os dois anos.
A AIE também melhorou as perspectivas para o crescimento da economia global: 2,8% em 2025 e 2026, ante 2,4% e 2,5% nas projeções anteriores.
Em relação à oferta fora da Opep+, a expectativa é de crescimento de 1,3 milhão de bpd neste ano. Para 2026, a projeção caiu para 820 mil bpd.