O Banco do Brasil (BBAS3) registrou um lucro líquido ajustado de R$ 7,374 bilhões no primeiro trimestre de 2025, uma queda anual de 20,7%. O resultado ficou abaixo da expectativa da Bloomberg, que aguardava lucro de R$ 9 bilhões.
Pela primeira vez nos últimos 16 trimestres, o lucro anual do banco recuou, fazendo as ações despencarem nesta sexta-feira (16). Às 12h52 (horário de Brasília), BBAS3 caem 11,97%, cotada a R$ 25,88 (gráfico abaixo). Em 2025, no entanto, os papéis ainda sobem 7,94%.
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O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês), que mede a rentabilidade do banco, foi de 16,7% no trimestre. O indicador caiu 4,98 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2024 e 4,16 pontos na comparação com o trimestre anterior.
O BB encerrou o trimestre com R$ 2,421 trilhões em ativos totais, crescimento de 5% em 12 meses. Na comparação com o fim de 2024, houve recuo de 0,5%. Já o patrimônio líquido somou R$ 184,189 bilhões, avanço de 2,9% em um ano.
Carteira de crédito e inadimplência do Banco do Brasil
A carteira de crédito do BB alcançou R$ 1,277 trilhão, crescimento de 14,4% em um ano. O avanço foi impulsionado pela carteira PJ (Pessoa Jurídica), que cresceu 22,4% no mesmo período, totalizando R$ 459,885 bilhões.
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A taxa de inadimplência, considerando atrasos superiores a 90 dias, chegou a 3,9%. O índice representa uma alta de 0,96 ponto percentual em 12 meses e de 0,54 ponto na comparação trimestral. O dado chama atenção de investidores, pois indica deterioração da qualidade do crédito.
Margem financeira e tesouraria pressionam resultados
A margem financeira bruta, que mostra o desempenho do banco com operações que rendem juros, foi de R$ 23,881 bilhões, queda de 7,2% em um ano. A margem com clientes, que considera apenas as operações com pessoas físicas e jurídicas, foi de R$ 20,328 bilhões, com leve alta de 0,3% em 12 meses.
Já o resultado da tesouraria caiu 39,7% em um ano, para R$ 7,201 bilhões. A queda de 39,1% em relação ao quarto trimestre também contribuiu negativamente para o desempenho do banco.
Receitas com serviços se mantêm estáveis
As receitas com prestação de serviços somaram R$ 8,361 bilhões no trimestre, alta de 0,2% em um ano. A administração de fundos se destacou, com R$ 2,497 bilhões, crescimento de 14,8% na base anual.