As empresas brasileiras que possuem dívidas pendentes bateram um novo recorde em março, chegando ao patamar de 7,3 milhões. O valor acumulado chegou a R$ 169,8 bilhões — também recorde — segundo dados divulgados na última sexta-feira (16) pelo Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian.
Esse total concentra 31,9% dos negócios existentes, aumento de 1 ponto percentual em relação ao mesmo mês de 2024.
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Em média, cada CNPJ teve cerca de 7,3 contas negativadas no período, com ticket médio da dívida em R$ 3.186,8. Confira a seguir a evolução das dívidas nos últimos 12 meses:

Maiores impactos em empresas
“O cenário de inadimplência recorde entre as empresas reflete os efeitos prolongados de juros elevados, além das dificuldades de acesso ao crédito, especialmente para os pequenos negócios. Esses são os mais impactados porque, em geral, têm menor capital de giro, maior dependência do crédito bancário e menos margem para absorver oscilações do mercado”, avalia a economista da Serasa Experian, Camila Abdelmalack.
Ainda segundo o indicador, a maior parte das empresas negativadas eram do segmento de “Serviços”, que liderou com 53,0%, seguido por “Comércio” (34,8%), “Indústria” (8,0%), “Outros” (3,3%), que contempla negócios “Financeiro” e do “Terceiro Setor”, e ”Primário” (1,0%).
Já em relação ao setor das dívidas, a maioria foi inadimplida no segmento de “Serviços” (31,6%) seguido por “Bancos e Cartões” (20,7%).
Considerando as regiões, os três estados com as maiores taxas de inadimplência em março foram: Distrito Federal (40,9%), Alagoas (40,3%) e Pará (39,8%). Veja, a seguir, o gráfico com todas as Unidades Federativas (UFs):
Micro e Pequenas puxaram a inadimplência das empresas
Em março, 6,9 milhões das empresas inadimplentes eram de micro e pequeno porte. Juntos, esses negócios acumularam mais de 48 milhões de dívidas, totalizando um valor superior a R$ 146,2 bilhões.