A semana será marcada por expectativas em torno da próxima reunião do Federal Reserve (Fed), marcada para 18 de junho, e por novos dados de atividade econômica e emprego nos Estados Unidos, que devem guiar os mercados globais nos próximos dias.
No novo episódio do podcast Perspectivas da Semana, publicado no canal do Monitor do Mercado no YouTube, o sócio da Wiser | BTG Pactual, Sergio Ricciardi, destaca que a curva de juros americana começa a mostrar sinais de possível inflexão.
- Crédito com as menores taxas do mercado. Simule um empréstimo com home equity agora.
Em sua análise, Ricciardi explique que os investidores estão precificando um ciclo de corte nas taxas de juros, mesmo que ainda de forma gradual. Confira a análise na íntegra abaixo:
Rebaixamento dos Estados Unidos pesa sobre os mercados
Ricciardi também chama atenção para o impacto persistente do rebaixamento da nota de crédito dos EUA, realizado pela agência Moody’s.
A decisão reduziu o status dos títulos do Tesouro americano como “ativos livres de risco” e pode influenciar o comportamento dos investidores globais, gerando recalibração dos preços de ativos financeiros.
Essa mudança no perfil de risco pode aumentar a aversão a ativos de maior volatilidade e gerar novas realocações de portfólio nesta semana.
Sinais do Fed e dados econômicos no radar
Além disso, nos próximos dias, os mercados acompanharão de perto as declarações de membros do Fed e a divulgação de indicadores econômicos, como dados do mercado de trabalho e atividade industrial nos EUA. Esses resultados serão cruciais para reforçar (ou não) a expectativa de cortes de juros ainda em 2025.
Segundo Ricciardi, qualquer sinal mais forte de desaceleração econômica pode acelerar o debate sobre afrouxamento monetário, com impacto direto sobre bolsas, câmbio e renda fixa, tanto nos Estados Unidos quanto nos mercados emergentes, como o Brasil.
Por aqui, o mercado conta com uma agenda econômica esvaziada, olhando mais para as discussões em torno do cenário fiscal.