O dólar fechou esta segunda-feira (19) em leve queda de 0,25%, a R$ 5,65, frente ao real. O movimento da moeda americana acompanhou o mercado internacional após o rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela agência Moody’s.
A desvalorização do dólar ocorreu mesmo com o desempenho inferior do real em comparação a outras moedas latino-americanas. Investidores também monitoraram falas de autoridades do Banco Central que reforçaram a perspectiva de juros elevados por mais tempo no Brasil.
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Além disso, a liquidez foi reduzida, como costuma ocorrer nas segundas-feiras, com investidores evitando fazer grandes movimentos. As preocupações fiscais com um possível pacote de estímulo do governo Lula, que pressionaram o câmbio na semana passada, ficaram em segundo plano.
Moody’s rebaixa nota dos EUA
Na última sexta-feira, a agência Moody’s cortou a nota de crédito dos Estados Unidos de Aaa para Aa1. A justificativa foi o aumento contínuo do endividamento público da maior economia do mundo.
Ratings de crédito são avaliações feitas por agências como Moody’s, S&P e Fitch sobre a capacidade de um país (ou empresa) honrar seus compromissos financeiros. Quanto pior a nota, maior o risco percebido.
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Índice DXY
O índice DXY — que mede a força do dólar frente a uma cesta de moedas fortes, como euro e iene — caiu 0,70%, para 100,3 pontos, chegando à mínima de 100,064. No ano, o índice já recua mais de 7%.
Entre as principais moedas da América Latina, o destaque positivo foi para o peso chileno, seguido pelo peso colombiano, ambos com desempenho superior ao do real.
Banco Central reforça câmbio flutuante
Em uma live nesta segunda-feira, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David, afirmou que o dólar continuará sendo a principal referência no comércio global, mas destacou que acordos bilaterais entre países devem se tornar mais comuns. As informações são do Estadão Broadcast.
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Ele reiterou que o Brasil adota o regime de câmbio flutuante, ou seja, o valor do real é determinado pelas forças de mercado. Segundo David, “não existe um nível de câmbio que faça o Banco Central ter vontade de comprar ou de vender dólares”.