A produção brasileira de soja deve atingir 169,7 milhões de toneladas em 2025, segundo projeção divulgada pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). O número representa uma leve alta de 0,1% em relação à última estimativa, mas mantém o setor rumo ao seu recorde.
O esmagamento da soja – processo de transformação dos grãos em farelo e óleo – está mantido em 57,5 milhões de toneladas. A produção de farelo e óleo de soja também permanece estável, com 44,1 milhões e 11,4 milhões de toneladas, respectivamente.
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Exportações seguem fortes
A Abiove projeta que o Brasil deve exportar 108,2 milhões de toneladas de soja em grãos, pequena redução de 0,3% frente à previsão anterior. As exportações de farelo de soja seguem em 23,6 milhões de toneladas, e as de óleo de soja, em 1,4 milhão de toneladas.
As importações de óleo de soja continuam estimadas em 100 mil toneladas. Para a soja em grão, o Brasil deve importar 500 mil toneladas para reforçar o abastecimento interno.
Processamento sobe em março
O processamento da soja no mês de março de 2025 foi de 4,67 milhões de toneladas, representando aumento de 29,7% frente a fevereiro e uma queda de 6,8% ante março de 2024, quando ajustado pela amostra.
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No acumulado do ano, o volume processado alcança 11,65 milhões de toneladas, alta de 1,3% em relação ao mesmo período do ano passado.
Queda no preço do óleo de soja
Apesar da alta na produção de biodiesel — com crescimento de 8,2% no primeiro trimestre e 10,1% em março na comparação anual —, o óleo de soja refinado acumula queda de 5,7% nos preços desde o início do ano, marcando quatro meses consecutivos de retração, segundo dados da Abiove.
Essa trajetória reforça que o aumento da mistura de biodiesel ao diesel (de B14 para B15) não causou pressão inflacionária relevante sobre o óleo, contrariando argumentos usados anteriormente para adiar o avanço da política.
A queda dos preços do biodiesel, que passaram de R$ 6,50/litro para cerca de R$ 5,00/litro (considerando tributos como PIS e Cofins), também sustenta esse entendimento.
A Abiove destaca que a previsibilidade regulatória é essencial para garantir os compromissos de descarbonização do país, aliados à estabilidade do mercado de alimentos.