Enquanto o setor de educação é pressionado pelo anúncio do Ministério da Educação (MEC) que proibiu a modalidade de ensino à distância (EAD) para cinco cursos de graduação, os fundos imobiliários (FIIs) olham a decisão com “sorriso no rosto”.
Isso porque a medida estabelece uma porcentagem obrigatória de 30% em aulas presenciais, fortalecendo a relevância de espaços e ativos físicos — valorizando FIIs com exposição a imóveis educacionais.
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Alexandre Rodrigues, sócio da Rio Bravo e gestor do fundo RBVA11, explica que “certos modelos de ensino exigem presença […] e não podem ser substituídos por salas de aula virtuais”.
Com esse pensamento, a aposta foi investir em infraestrutura para cursos da área da saúde, com laboratórios, clínicas e espaços técnicos, que necessitam de aulas práticas. E a confirmação dessa tese “valoriza os imóveis e a operação como um todo”.
O otimismo, no entanto, ainda não se converteu em resultado. Desde o começo da semana até às 11h30 desta quinta-feira (22), o RBVA11 valorizou apenas 0,11%, cotado a R$ 8,70. Em 2025, a alta é de 0,81%.
A leve alta segue muito distante das ações de educação, que lideram as altas da Bolsa brasileira no ano. Mesmo caindo nesta semana, os papéis ainda somam valorizações superiores a 75% em 2025.
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Entenda as mudanças do MEC
Entre as principais mudanças estão a proibição de cursos de Saúde, Direito, Psicologia, Odontologia e Enfermagem na modalidade 100% EAD, além da fixação de um teto de 70 alunos por turma nas aulas ao vivo de cursos semipresenciais.
Cursos como Enfermagem, que tinham cerca de 193 mil alunos matriculados na modalidade, agora só poderão ser oferecidos presencialmente. Outras formações da área da Saúde — como Farmácia, Fisioterapia, Biomedicina e Nutrição — só poderão funcionar no formato semipresencial.
Essa nova modalidade exige pelo menos 30% da carga horária presencial. Outros 20% podem ser compostos por aulas ao vivo com interação entre professores e alunos (conhecidas como aulas síncronas), e os 50% restantes podem ser realizados a distância.
Além disso, foi determinado que todas as unidades curriculares de cursos EAD devem ser concluídas com provas presenciais. Essas avaliações deverão representar um peso maior na nota final e incluir, obrigatoriamente, atividades discursivas que correspondam a pelo menos um terço da nota.
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A legislação também exige que os polos de apoio presencial — locais onde alunos EAD realizam atividades — tenham estrutura mínima. Isso inclui salas de estudo, acesso à internet e profissionais capacitados para prestar suporte. Hoje, muitos polos funcionam sem fiscalização, em locais improvisados como salas sobre comércios.
Embora o governo tenha sinalizado anteriormente que proibiria cursos de Engenharia na modalidade EAD, o texto final manteve essa possibilidade. No entanto, esses cursos devem manter ao menos 10% da carga horária com atividades presenciais.
Há também a previsão de que o MEC possa, por meio de novas portarias, proibir futuramente a formação para outras carreiras — inclusive Engenharia — de serem oferecidas em EAD, caso julgue necessário.
IFIX bate recorde
O IFIX, índice de fundos imobiliários da B3, atingiu na última sexta-feira (16) o maior nível da sua história, ao alcançar 3.439,07 pontos. O patamar supera o recorde anterior de abril de 2024 (3.423,95 pontos) e marca um novo capítulo na trajetória de recuperação do setor após a pandemia.
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Desde o fundo registrado durante a crise sanitária, em 23 de março de 2020, quando o IFIX recuou a 2.169,3 pontos, o índice acumula valorização de 58,5%, segundo levantamento da Elos Ayta.