O dólar começou a semana influenciado por uma combinação de fatores: preocupações fiscais no Brasil, rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos, comentários do Banco Central e dados econômicos positivos.
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Em novo vídeo no canal do Monitor do Mercado no YouTube, a trader Luana Pires explica as movimentações que impactaram o câmbio e traça as perspectivas para esta semana. Confira:
Na segunda-feira (19), o dólar operava de forma estável, mas a curva de juros brasileira avançou em todos os vértices — ou seja, os diferentes prazos de vencimento dos títulos públicos passaram a exigir taxas maiores.
Esse movimento refletiu a crescente preocupação do mercado com o risco fiscal no Brasil. Especulações sobre novos gastos do governo reacenderam o alerta dos investidores.
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Moody’s rebaixa EUA e dólar perde força
Outro fator relevante foi o rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela agência Moody’s, de AAA para AA1. A justificativa foi o aumento expressivo do déficit fiscal, que pode chegar a 9% do PIB até 2035, segundo a agência.
O rebaixamento afetou o dólar no mercado internacional, pressionando sua cotação para baixo. No Brasil, a moeda americana encerrou o dia com queda de 0,25%, cotada a R$ 5,67.
Galípolo reforça juros altos por mais tempo
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, indicou que a taxa básica de juros (Selic) precisará se manter em nível “altamente restritivo” por um período prolongado, mesmo com parte do mercado esperando uma possível pausa no ciclo de alta na próxima reunião do Copom.
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A Selic está em 14,75% ao ano, o maior patamar em duas décadas. Juros altos mantêm o Brasil atrativo para o capital estrangeiro, ajudando na valorização do real frente ao dólar.
PIB surpreende e Morgan Stanley melhora recomendação
Dados econômicos divulgados na semana também ajudaram a conter o dólar. O IBC-Br — considerado uma prévia do PIB — apontou crescimento de 0,8% em março. O destaque foi o setor industrial, que avançou 2,1%.
O Morgan Stanley revisou sua recomendação para ativos brasileiros de “neutra” para “compra”, o que estimulou o ingresso de capital estrangeiro e reforçou o desempenho do real frente ao dólar.
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Expectativa para os próximos dias
A agenda econômica desta semana traz dados relevantes que podem influenciar o dólar:
- Quinta-feira (23/05):
- 9h: Índice de Confiança do Consumidor (FGV), no Brasil;
- 9h30: Pedidos iniciais de seguro-desemprego, nos EUA;
- 11h: Índice de Atividade Nacional do Fed de Chicago, nos EUA.
- Sexta-feira (24/05):
- 9h: Pesquisa Mensal de Serviços (IBGE), no Brasil;
- 11h: Vendas de casas novas, nos EUA.