O dólar fechou esta quarta-feira (21) em queda de 0,48%, a R$ 5,64, frente ao real. A desvalorização ocorreu em meio a um enfraquecimento global da moeda americana, diante de crescentes preocupações com o quadro fiscal dos Estados Unidos.
Desde o início da semana, a moeda acumula queda de 0,48%. Em maio, o recuo chega a 0,61%. No acumulado de 2025, a queda é de 8,71% — o melhor desempenho entre as moedas da América Latina.
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Dólar perde força globalmente
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a seis moedas fortes, caiu abaixo dos 100 mil pontos. Durante o dia, chegou à mínima de 99.336 pontos e operava próximo dos 99.600 pontos no fim da tarde. Na semana, o índice já acumula queda superior a 1%.
A queda do dólar ocorre mesmo diante da elevação das taxas dos títulos do Tesouro dos EUA, os Treasuries. As taxas de papéis de 10 e 30 anos subiram mais de 2% nesta quarta-feira. Esse movimento é influenciado por temores fiscais, como o possível impacto de um novo plano de corte de impostos do ex-presidente Donald Trump.
Juros altos sustentam o real
No Brasil, os juros elevados continuam sendo um fator de apoio ao real. A taxa básica de juros, a Selic, está em patamar elevado e atrai fluxo de capitais estrangeiros.
Apesar disso, o cenário fiscal doméstico limita apostas mais firmes na valorização da moeda brasileira. Investidores seguem atentos à possibilidade de novas despesas por parte do governo.
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Expectativa com relatório fiscal
Amanhã, será divulgado o relatório bimestral de receitas e despesas do governo federal. A expectativa é de que sejam anunciados bloqueios ou contingenciamentos de gastos.
O mercado também acompanha os desdobramentos de uma possível antecipação de reembolsos para aposentados e pensionistas lesados por fraudes no INSS. A estimativa da AGU é de que os pedidos de ressarcimento somem R$ 1 bilhão.