O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), subiu 1,9 ponto em maio, para 86,7 pontos. Essa é a terceira alta consecutiva do indicador, que ainda permanece em patamar baixo, sinalizando pessimismo do consumidor.
Em médias móveis trimestrais, o ICC avançou 1,1 ponto, alcançando 85,3 pontos.
Melhor percepção sobre o presente e expectativas
Segundo o FGV/Ibre, a alta de maio reflete a melhora tanto na avaliação da situação atual quanto nas expectativas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 2,9 pontos, para 84, enquanto o Índice de Expectativas (IE) teve alta de 1 ponto, chegando a 88,9.
“A terceira alta da confiança parece sinalizar uma tendência de recuperação, embora apenas cerca de 30% das perdas desde dezembro de 2024 tenham sido revertidas”, disse Anna Carolina Gouveia, economista da FGV.
A economista atribui o avanço à resiliência da atividade econômica em 2025, com mercado de trabalho aquecido e inflação controlada, embora ainda elevada.
Situação econômica local sustenta confiança do consumidor
Entre os componentes do índice, os destaques foram:
- Situação econômica local atual: +1,8 ponto (93,7)
- Situação financeira atual das famílias: +4 pontos (74,6)
- Situação financeira futura: +1,6 ponto (87,4)
- Situação econômica local futura: +2,1 pontos (104,1) – segundo mês acima de 100 pontos
O único componente com retração foi o de intenção de compras de bens duráveis, que caiu 0,7 ponto, para 77,2 pontos.
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A melhora na confiança foi observada em todas as faixas de renda. Entre os consumidores com renda de até R$ 2.100, o índice interrompeu uma sequência de cinco quedas consecutivas e teve leve alta no mês.