O dólar fechou esta terça-feira (15) em queda de 0,47% frente ao real, a R$ 5,56. A possibilidade de uma redução das tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos trouxe alívio ao mercado de câmbio.
Enquanto no exterior o dólar ganhava força diante de dados acima do esperado de inflação ao consumidor nos EUA, no Brasil, o câmbio inverteu a tendência.
Na primeira metade da sessão, a moeda chegou a R$ 5,60, mas passou a cair após declarações do presidente dos EUA, Donald Trump. Ele afirmou que Jair Bolsonaro não é seu amigo, mas apenas um “homem muito bom”, sinalizando uma possível abertura para diálogo com o governo brasileiro.
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Questão do IOF segue indefinida
Outro ponto de atenção no mercado foi a falta de acordo sobre os decretos do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que motivaram uma reunião de conciliação entre governo e Congresso, convocada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A reunião foi esvaziada: o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está em férias, e os presidentes da Câmara e do Senado enviaram apenas representantes. Sem consenso, a decisão ficará nas mãos de Moraes.
Ruído político
A Warren Investimentos avalia que a declaração recente do ministro da Casa Civil, Rui Costa — de que não há plano B para o decreto do IOF — mostra que o governo mantém o tom confrontador com o Congresso, apostando em uma narrativa de “ricos contra pobres”.
Para a corretora, esse posicionamento pode contaminar outras pautas econômicas e elevar o risco político. As informações são do Estadão/Broadcast.
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Inflação nos EUA pressiona o dólar
No cenário externo, o índice DXY — que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas fortes — subia mais de 0,50%, por volta dos 98,600 pontos.
Os dados de inflação divulgados pela manhã mostraram avanço de 0,3% do índice de preços ao consumidor (CPI) em junho. Na comparação anual, o CPI subiu 2,7%, acima das expectativas. O núcleo do índice, que exclui alimentos e energia, avançou 0,2% no mês e 2,9% no ano.