A soja fechou a semana em recuperação nesta sexta-feira (18), após perdas anteriores, impulsionada pela retomada das compras da China e pela força do petróleo no mercado internacional.
O contrato com vencimento em novembro subiu e chegou a bater US$ 1.043, encerrando o dia em US$ 1.035.
A retomada da demanda chinesa está associada a um movimento mais sutil nas relações comerciais com os Estados Unidos.
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Apesar das tensões, a China confirmou a compra de chips da Nvidia, o que sinaliza que as tratativas com os EUA seguem ocorrendo “por baixo dos panos”, como apontou Guto Gioielli, fundador do Portal das Commodities. Isso refletiu também na volta das compras de soja americana.
Além disso, o petróleo se mantém em alta com a atividade econômica dos Estados Unidos e da China ganhando força, o que costuma impactar positivamente os preços das commodities agrícolas. Confira a análise na íntegra:
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Milho sobe, mas enfrenta resistência técnica
O milho também teve valorização na sexta-feira, com destaque para o contrato de dezembro, considerado o mais importante e líquido do mercado, que avançou 2,11%.
Apesar da alta, os gráficos técnicos mostram pontos de atenção. Gioielli aponta uma possível linha de tendência de baixa (LTB) no vencimento de setembro. Esse tipo de linha gráfica indica uma sequência de topos descendentes, e a resistência ainda não foi rompida — o que pode limitar novas altas, a depender do volume de contratos e da força compradora.
Durante a manhã, o milho chegou a movimentar 6 mil contratos por volta das 11h, número considerado elevado. Esse volume reforçou a pressão compradora e contribuiu para uma puxada nos preços.
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Café cai com volatilidade e stop
O mercado de café apresentou forte queda, com realização de lucros e aumento da volatilidade. Gioielli comentou que o café “deu stop”, ou seja, atingiu níveis de perda que interrompem automaticamente as operações para limitar prejuízos.
A movimentação foi marcada por tentativas de formação de pivôs — padrões gráficos que sinalizam mudança de tendência —, mas o preço acabou caindo sucessivamente.
A queda ocorre em meio às incertezas sobre tarifas internacionais, que também afetam o setor de carnes nos EUA, pressionando o mercado agrícola em geral.
Indicadores técnicos como o IFR (Índice de Força Relativa), que aponta condições de sobrecompra ou sobrevenda, chegaram a indicar pontos de entrada e saída, mas sem firmeza. Gioielli afirmou que os sinais “não funcionaram” no dia.
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Acompanhamento técnico e movimentação nos contratos
No final do dia, o milho (CCMX) retomava movimento de alta, tocando regiões próximas da média móvel de 60 períodos, sinal de força compradora. Já o contrato CCMF, para vencimento futuro, ainda não mostrava sinal claro de tendência.
No mercado de boi gordo, o volume negociado segue baixo, com destaque para o vencimento “V” (outubro), que acumula cerca de 2.266 contratos. Já o contrato “U” (setembro) segue perdendo força, com menos de 300 contratos.
O café para setembro tem 3.146 contratos em aberto, com 459 negócios realizados no dia, refletindo um mercado mais cauteloso. Já o Ibovespa recuava mais de 1% no fim do pregão, operando a 133.388 pontos, e o dólar à vista subiu 0,73%, cotado a R$ 5,58.