O Banco do Povo da China (PBoC) manteve inalteradas as taxas de juros de referência para empréstimos neste mês de julho. A LPR (Loan Prime Rate) de um ano permaneceu em 3%, enquanto a LPR de cinco anos foi mantida em 3,5%.
A decisão ocorre após um corte de 10 pontos-base realizado em maio, quando o Banco Central buscava impulsionar a economia diante de crescentes tensões comerciais com os Estados Unidos.
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Alívio comercial influencia decisão sobre juros na China
A decisão do PBoC ocorre em meio a expectativas de que Pequim reduza o ritmo de estímulos monetários no curto prazo.
O cenário mudou após acordos recentes com os Estados Unidos, em que ambos os países concordaram, entre maio e junho, em reduzir tarifas comerciais aplicadas mutuamente.
A sinalização de alívio nas tensões comerciais pode ter contribuído para uma postura mais cautelosa por parte da autoridade monetária chinesa.
Expectativa de estabilidade da economia chinesa
A manutenção das taxas era amplamente esperada pelo mercado, uma vez que o PBoC já havia mantido as taxas de juros de curto prazo inalteradas neste início de julho.
Geralmente, cortes nas taxas de curto prazo, como as operações de recompra reversa (reverse repo), antecipam ajustes nas LPRs no fim do mês. O fato de o Banco Central não ter feito cortes nesses instrumentos indicava estabilidade.
Reação do mercado à decisão do PBoC
Apesar da estabilidade nos juros, os mercados acionários da China e de Hong Kong fecharam em alta, com destaque para as ações de tecnologia.
Confira o desempenho dos principais índices:
- Shanghai Composite: alta de 0,5%
- Shanghai Shenzhen CSI 300: alta de 0,4%
- Hang Seng (Hong Kong): alta de 0,5%
O índice Hang Seng superou os 25.000 pontos, atingindo o maior nível em três anos, impulsionado pelo desempenho do setor tecnológico.
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Perspectivas para a política monetária da China
Mesmo com o atual compasso de espera, analistas acreditam que a política monetária chinesa seguirá expansionista, ou seja, com foco em manter o crédito acessível e estimular o crescimento econômico.
No entanto, novos cortes de juros ou estímulos não estão descartados, principalmente se a segunda maior economia do mundo continuar mostrando sinais de desaceleração.