A volatilidade voltou a marcar o mercado brasileiro na semana passada e o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, registrou uma forte desvalorização encerrando a semana em 133 mil pontos, após ter atingido 142 mil pontos dias antes.
A queda acumulada chegou a 2,06%, refletindo incertezas provocadas pela divulgação do novo pacote de tarifas internacionais.
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A análise é de Sérgio Ricciardi, sócio da Wiser | BTG Pactual, no episódio desta semana do podcast Perspectivas da Semana. Segundo ele, o mercado foi surpreendido pela notícia das tarifas, o que mudou a tendência positiva observada até então.
“O movimento do Ibovespa mostra a necessidade de diversificação. O cenário mudou mais uma vez e a Bolsa passou de máxima histórica para uma correção de mais de 2% na semana”, avaliou Ricciardi. Confira a análise na íntegra:
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Dólar e juros futuros sobem na esteira das incertezas
No câmbio, o dólar terminou a semana cotado a R$ 5,58, com valorização de 0,33%. Para Ricciardi, investidores com posições internacionais se beneficiaram do fortalecimento da moeda americana, tanto pela alta do dólar quanto pela valorização de ações no exterior.
Os contratos futuros de juros, representados pelo DI35, também subiram. A taxa projetada para 2035 fechou a 13,89% ao ano, em alta de 1,91%, reflexo direto do impacto esperado das tarifas na economia local.
“As tarifas pressionam as expectativas de inflação e elevam o prêmio exigido pelos investidores, afetando especialmente os ativos de prazo mais longo”, explicou.
Bolsas americanas resistem e investidores monitoram Powell
Enquanto a Bolsa brasileira recuava, o S&P 500, principal índice de ações dos EUA, fechava em alta de 0,59%, atingindo 6.297 pontos. A força do mercado americano, aliada ao dólar mais forte, favoreceu os investidores diversificados.
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No radar da semana, destaque para a agenda internacional. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, fará declarações relevantes. Segundo Ricciardi, qualquer sinalização sobre juros pode afetar os mercados.
Além disso, decisões sobre política monetária na Zona do Euro e dados econômicos dos EUA e do Brasil, como o IPCA-15 e a confiança do consumidor, devem movimentar os preços dos ativos.
Expectativa de juros estáveis no Brasil e nos EUA
Apesar das incertezas, a curva de juros brasileira mantém precificação de Selic estável em 14,90% até o fim do ano, conforme os contratos futuros. Nos Estados Unidos, o mercado aposta em manutenção das taxas na faixa de 4,25% a 4,50%, com probabilidade acima de 95%, segundo projeções acompanhadas por Ricciardi.
“A matriz de juros não mudou muito. O mercado precifica cortes só para o final de 2026 nos EUA. O cenário segue indefinido, e a diversificação continua sendo essencial”, reforçou.