O dólar fechou esta terça-feira (22) em leve alta de 0,04% frente ao real, a R$ 5,57. A mínima do dia foi registrada no início da tarde, acompanhando a perda de força do dólar no exterior, enquanto o mercado reagia a declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, que voltou a criticar o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.
No entanto, a ausência de sinais concretos sobre um possível diálogo entre Brasil e Estados Unidos para amenizar a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros — com início previsto para 1º de agosto — limitou o avanço do real frente ao dólar.
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Expectativa é sobre resposta brasileira às tarifas
Segundo operadores do mercado, o fator principal para a direção do câmbio no curto prazo continua sendo a posição que o governo brasileiro adotará diante das tarifas anunciadas pelos EUA.
As declarações recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva — que afirmou que “a guerra tarifária vai começar quando eu der uma resposta ao Trump, se ele não mudar de opinião” — aumentaram a tensão no mercado.
No mesmo dia, o senador americano Lindsey Graham sugeriu que os Estados Unidos poderiam impor tarifas de 100% sobre países que continuarem comprando petróleo da Rússia, citando Brasil, China e Índia.
Relatório fiscal indica expectativa de dólar menor em 2025
Apesar do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, divulgado no fim da tarde, indicar que o contingenciamento de gastos federais caiu de R$ 20,7 bilhões para zero, e o bloqueio orçamentário subiu levemente de R$ 10,6 bilhões para R$ 10,7 bilhões, os dados tiveram pouco impacto na cotação do dólar.
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O relatório trouxe projeções de um dólar médio mais baixo em 2025 — de R$ 5,81 para R$ 5,70 — e aumento na arrecadação. Essa melhora nas estimativas levou o governo a zerar o contingenciamento de recursos.