A bolsa de Tóquio voltou a subir nesta quinta-feira (24), impulsionada pelo otimismo com o novo pacto comercial entre Japão e Estados Unidos. O índice Nikkei 225 avançou 1,59%, aos 41.826,34 pontos, após ter saltado 3,51% na véspera, acumulando alta de 5,2% em apenas dois pregões.
O movimento reflete a reação positiva dos investidores ao acordo anunciado pelo governo americano, que prevê investimentos de mais de US$ 500 bilhões em setores estratégicos dos EUA, além da ampliação das exportações americanas ao mercado japonês.
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Segundo a Reuters, o principal negociador de tarifas japonês, Ryosei Akazawa disse a repórteres nesta quinta-feira, que o Japão não planeja formalizar o acordo na forma de um documento juridicamente vinculativo, considerando, no lugar, uma declaração conjunta
Alta na Ásia foi generalizada
O acordo também influenciou outras bolsas da região. Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 0,51%, a 25.667,18 pontos. O Kospi, em Seul, avançou 0,21%, enquanto o Taiex de Taiwan registrou alta de 0,24%.
Na China continental, o Xangai Composto subiu 0,65%, ultrapassando os 3.600 pontos pela primeira vez desde janeiro de 2022. Já o Shenzhen Composto avançou 1,19%, a 2.203,09 pontos.
Termos do acordo foram revelados pela Casa Branca
De acordo com comunicado da Casa Branca, o Japão se comprometeu a investir US$ 550 bilhões nos EUA em áreas como semicondutores, energia, mineração, indústria farmacêutica e construção naval. O governo dos EUA afirmou que manterá 90% dos lucros desse investimento.
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Como parte do acordo, será aplicada uma tarifa básica de 15% sobre importações vindas do Japão. Segundo a Casa Branca, a medida busca reduzir o déficit comercial americano com o país asiático.
Além disso, o Japão aumentará em 75% a compra de arroz americano e importará US$ 8 bilhões em milho, soja, fertilizantes, bioetanol e combustível sustentável para aviação. Também está prevista a aquisição de 100 aviões da Boeing e de equipamentos militares.
Outros acordos no radar
O Financial Times informou que os EUA estão próximos de firmar um acordo comercial com a União Europeia nos moldes do pacto com o Japão. Caso não haja entendimento até o início de agosto, o bloco europeu poderá enfrentar tarifas de até 30%.
Além disso, China e Estados Unidos têm nova rodada de negociações marcada para os dias 27 a 30 de julho, na Suécia, segundo confirmou o Ministério do Comércio da China.
