As bolsas dos EUA fecharam esta quinta-feira (31) em queda. O movimento ocorreu mesmo depois do S&P 500 e Nasdaq renovarem suas máximas intradiárias, apoiados por balanços positivos de grandes companhias de tecnologia.
O mercado segue cauteloso diante da política monetária do Federal Reserve (Fed). A probabilidade de manutenção da taxa de juros na faixa atual, entre 4,25% e 4,5%, na reunião de setembro, subiu para 61%, segundo a ferramenta CME FedWatch.
Já as apostas em corte de 25 pontos-base (0,25 ponto percentual) até o fim do ano permanecem, mas com menor intensidade: 39%. Ontem, as chances eram mais equilibradas, com 52,4% para manutenção e 46,7% para corte.
- 📩 Os bastidores do mercado direto no seu e-mail! Assine grátis e receba análises que fazem a diferença no seu bolso.
Investidores também ficam atentos a divulgação do relatório de emprego dos EUA (payroll), que sairá nesta sexta-feira (1).
Confira o desempenho dos principais índices de Nova York:
- Dow Jones cai 0,74% (44.130,98 pontos);
- S&P 500 recua 0,37% (6.339,55 pontos);
- Nasdaq perde 0,03% (21.122,45 pontos).
No acumulado do mês, os três índices apresentaram desempenho positivo: alta de 0,08% no Dow Jones, 2,17% no S&P 500 e 3,70% no Nasdaq.
Movimentação no mercado corporativo
As ações da Meta avançaram 11,25% após divulgar lucro e receita acima das expectativas no segundo trimestre e projetar resultados ainda melhores no próximo período, impulsionada pelo uso de inteligência artificial em publicidade.
A Microsoft subiu 3,95%, com resultados também acima do esperado, levando seu valor de mercado a ultrapassar a marca de US$ 4 trilhões durante a sessão. A Mastercard ganhou 1% após superar estimativas de lucro e receita.
Outras big techs tiveram desempenho misto: Apple caiu 0,71%, enquanto Amazon avançou 1,70%.
- ⚡ A informação que os grandes investidores usam – no seu WhatsApp! Entre agora e receba análises, notícias e recomendações.
As ações da Moderna caíram 8,06% após a empresa anunciar redução de 10% no quadro de funcionários, citando incertezas sobre a produção de vacinas sob o governo Trump. O CEO, Stéphane Bancel, afirmou que a companhia terá menos de 5.000 colaboradores até o fim do ano.
O setor farmacêutico também reagiu à carta enviada por Trump a 17 CEOs exigindo medidas para reduzir preços de medicamentos até setembro. Entre as quedas do dia: GSK (-4,67%), Merck (-4,44%), Eli Lilly (-2,63%) e Pfizer (-2,18%).