O dólar fechou esta segunda-feira (4) em queda de 0,71% frente ao real, a 0,71%, acompanhando o movimento global de desvalorização da moeda americana diante da expectativa de redução dos juros pelo Federal Reserve (Fed) já em setembro.
No Brasil, o cenário foi reforçado por operações de carry trade — estratégia em que investidores aplicam em países com juros mais altos, como o Brasil, para aproveitar a diferença de taxas — e pelo ingresso de fluxo estrangeiro e comercial.
Este foi o menor patamar de fechamento desde 9 de julho, quando Donald Trump anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. O real teve o melhor desempenho entre as principais moedas globais.
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Mercado projeta cortes de juros nos EUA
Os investidores voltaram a apostar que o Fed deve retomar cortes de juros em setembro e que o ciclo de flexibilização monetária será mais intenso em 2025, segundo dados da plataforma CME Group.
A expectativa é sustentada por dados fracos do mercado de trabalho e da atividade econômica, além da recente renúncia de Adriana Kugler ao cargo de diretora do Fed. A saída abre espaço para que Trump indique um nome alinhado ao seu discurso de juros mais baixos.
O índice DXY, que compara o dólar a uma cesta de moedas fortes, caiu 0,36%, para 97,785 pontos, refletindo a fraqueza global da moeda americana.
Commodities e agenda política influenciam o real
A valorização do minério de ferro ajudou a sustentar a moeda brasileira. Na China, a commodity avançou 0,76%, a US$ 109,61 por tonelada, enquanto em Cingapura subiu 1,20%, a US$ 101,20. Como o Brasil é grande exportador de minério, a alta do preço fortalece a entrada de dólares no país.
Operadores também relataram ingresso de fluxo comercial. Já a queda superior a 1% nos contratos futuros de petróleo teve pouco impacto no câmbio.
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Trump, Lula e Haddad no radar
Agora, o mercado acompanha a possibilidade de uma conversa entre os presidentes Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva sobre tarifas. Trump afirmou na sexta-feira que “Lula pode falar comigo a qualquer momento”.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que pretende conversar nesta semana com Scott Bessent, secretário do Tesouro dos Estados Unidos.