Nesta segunda-feira (4), o BTG Pactual divulgou duas mudanças na Carteira de Ações Internacionais (BDRs) para agosto. Foram removidos J.P. Morgan e Novo Nordisk para a entrada de Alphabet e Morgan Stanley. Também houve redução da exposição à ExxonMobil (-3%).
A seleção de empresas internacional para este mês ficou:
- Nvidia (NVDC34) com 13%;
- Microsoft (MSFT34) com 14%;
- Amazon (AMZO34) com 9%;
- Alphabet (GOGL34) com 6%;
- Meta Plataforms (M1TA34) com 8%;
- Taiwan Semiconductor (TSMC34) com 5%;
- Mastercard (MSCD34) com 6%;
- ExxonMobil (EXXO34) com 5%;
- Costco (COWC34) com 5%;
- Alibaba Group (BABA34) com 5%;
- Morgan Stanley (MSBR34) com 6%;
- Raytheon Technologies (RYTT34) com 4%;
- ServiceNow (N1OW34) com 5%;
- Uber (U1BE34) com 5%;
- United Rentals (U1RE34) com 4%.

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Mudanças nas ações
A mudança na carteira de BDRs reflete uma estratégia para aproveitar oportunidades setoriais e ajustar riscos diante de novos cenários de mercado.
Para o BTG, J.P. Morgan apresentou ganhos acumulados de 23,6% no ano, o que levou a um valuation considerado premium e menor potencial de valorização adicional. Para manter exposição ao setor financeiro, a opção foi incluir Morgan Stanley, com peso de 6%.
A escolha pelo banco se baseia na combinação entre modelo de negócios resiliente e exposição cíclica. A instituição gera receitas recorrentes com gestão de fortunas, enquanto se beneficia de operações de Investment Banking e Sales & Trading, que capturam movimentos do mercado.
Já a farmacêutica Novo Nordisk foi excluída após resultados mais fracos no segundo trimestre de 2025. O aumento da concorrência no mercado de medicamentos para obesidade, fez a companhia revisar para baixo a projeção de crescimento da receita líquida para 2025, agora entre 8% e 14%, ante estimativa anterior de 13% a 21%.
A Alphabet foi incluída na carteira diante de um cenário mais favorável após os resultados do segundo trimestre de 2025. O principal destaque foi a Google Cloud, que registrou lucro operacional de US$ 2,83 bilhões, acima da expectativa de US$ 2,25 bilhões.
O desempenho reforça a demanda por serviços em nuvem e inteligência artificial, além de reduzir dúvidas sobre a dependência do modelo de anúncios.
Houve também a diminuição da alocação em ExxonMobil, com redução de 3%, diante da ausência de catalisadores para o preço do petróleo no curto prazo.
Desempenho da carteira de BDRs do BTG Pactual
Em julho, a Carteira de Ações Internacionais teve alta de 6,6%, ficando acima do BRDX (+6,2%), índice que mede o desempenho das BDRs.
Desde o início da carteira em 2021, o portfólio de BDRs registra um ganho acumulado de 192,3%, superando em 14,7 ponto percentual (p.p.) a valorização do BRDX (+177,5%). Confira:

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Lucros do S&P 500 crescem 8,5%
Com 66% das empresas já divulgando resultados, os lucros do S&P 500 subiram 8,5%, com 82% das companhias superando as estimativas. A surpresa positiva média foi de 8,2%.
Os destaques positivos foram os setores de Tecnologia (+17,8%) e Comunicação (+18,6%), impulsionados por inteligência artificial e publicidade online. O setor imobiliário foi o único negativo (-0,5%), pressionado por juros altos.
Em 2025, o índice sobe 7,8%, reforçando a tese de “excepcionalismo americano” sustentada por resiliência econômica, perspectiva de corte de impostos corporativos e liderança dos EUA em inteligência artificial, segundo o BTG.
Cenário macro nos EUA
O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos avançou 3% no segundo trimestre de 2025 na comparação trimestral, revertendo a contração de 0,5% registrada no trimestre anterior. O resultado superou as expectativas do mercado, mas os fundamentos indicam desaceleração.
Apesar do número positivo, a demanda final privada — que inclui consumo e investimento — caiu de 1,9% para 1,2% no mesmo período. O consumo das famílias apresentou recuperação modesta, puxada por bens duráveis e serviços, mas ainda abaixo do ritmo dos trimestres anteriores.
O tarifaço de Donald Trump também continua influenciando a economia norte-americana. Em julho, os EUA ampliaram tarifas sobre Japão, União Europeia e países asiáticos, elevando a média para cerca de 19,8%. A medida pressionou a inflação.
O núcleo do PCE, índice que exclui itens voláteis, acelerou de 0,21% para 0,26% em junho. A inflação de bens, fortemente impactada pelas tarifas, subiu 0,46%, com destaque para vestuário, móveis e itens recreativos.
As projeções do BTG Pactual apontam para um PCE em 3,59% no fim do ano, com núcleo em 3,41%.
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Corte de juros pelo Fed
O mercado de trabalho mostra sinais de moderação. A criação de vagas caiu para 130 mil na média semestral, ante 160 mil. A taxa de desemprego está em 4,1%, enquanto a relação de vagas abertas por desempregado é de 1,1.
Na última reunião do Federal Reserve (Fed), o Fomc manteve a taxa básica entre 4,25% e 4,50% em julho. O relatório indicou postura mais equilibrada, reconhecendo riscos para a atividade.
Segundo projeções do BTG Pactual, não há decisão antecipada sobre setembro, mas cortes só devem ocorrer em dezembro.