O lucro das empresas do S&P 500 cresceu 8,5% no segundo trimestre de 2025, superando as expectativas do mercado. Segundo o BTG Pactual, 82% das companhias que já divulgaram seus balanços apresentaram lucro por ação (LPA) acima do consenso, com uma surpresa média de 8,2%.
A temporada de balanços se aproxima do fim, com 66% das empresas do índice já tendo divulgado seus resultados. A análise do BTG indica que os números reforçam a tese de resiliência da economia dos EUA e sustentam a valorização de 7,8% do S&P 500 no ano.
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Com os resultados positivos, o S&P 500 acumula alta de 7,8% em 2025 e o BTG destaca quatro fatores que sustentam a valorização:
- Expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve e redução de impostos corporativos.
- Potencial desregulamentação do sistema financeiro americano.
- Surpresas positivas nos lucros corporativos.
- Liderança dos EUA em inteligência artificial.
O banco reforça que a resiliência dos resultados consolida a tese de “excepcionalismo americano” no mercado acionário global.
Tecnologia e IA impulsionam lucros das gigantes
O setor de tecnologia teve alta de 17,8% no lucro líquido na comparação anual, impulsionado pela demanda por soluções de inteligência artificial (IA). A Microsoft foi o principal destaque, com crescimento de 39% na Azure e expansão da receita com IA.
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A Meta também teve desempenho relevante, com alta de 22% na receita, revisão positiva no guidance e margem operacional de 43%. A Alphabet registrou avanço na receita com nuvem, apesar da alta de capex.
Apple e Amazon superaram as estimativas, mas os analistas seguem cautelosos com o guidance da Amazon e com a estratégia de IA da Apple.
A Tesla, por outro lado, foi o destaque negativo entre as “sete magníficas”, com queda de 12% na receita, baixa geração de caixa e lucros abaixo do esperado.
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S&P 500 tem surpresa positiva no setor financeiro
Entre os bancos, o trimestre também foi favorável. O JPMorgan teve lucro de US$ 15 bilhões, 17,5% acima do esperado. O Citi superou em 23% o consenso de LPA, enquanto o Morgan Stanley apresentou crescimento impulsionado pelas áreas de gestão de fortunas e renda variável.
Segundo o BTG, o setor financeiro apresentou aumento de 20% no LPA, com surpresa positiva de 10,3% no lucro líquido.
Comunicação e publicidade também crescem
O setor de comunicação cresceu 18,6% no lucro, com a Meta liderando o desempenho, puxado pela monetização de soluções de IA e aumento da receita publicitária. No acumulado do ano, o setor avança 9,9%.
