O estado de São Paulo implementou um novo salário mínimo no dia 1 de julho, estipulado em R$ 1.804, representando um ajuste de 10% comparado ao ano anterior e superando o salário mínimo nacional em R$ 286. Este aumento foi estabelecido através de um projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa em maio, impactando diversas categorias profissionais que ainda não possuíam um piso salarial definido.
Promovido pelo Governo do Estado, o reajuste ultrapassa a inflação pelo terceiro ano consecutivo, garantindo um ganho real em torno de 5%. O novo valor traz benefícios para mais de 76 profissões que não têm piso salarial determinado por meio de legislação federal, convenção ou acordo coletivo. Além disso, foi aprovada uma emenda que inclui os cuidadores de pessoas com deficiência entre as categorias cobertas pelo novo salário mínimo estadual. Anteriormente, em 2023, os cuidadores de idosos já haviam sido contemplados pela Alesp.
Quais profissionais são contemplados pelo novo salário mínimo paulista?

O novo salário mínimo paulista abrange uma gama de profissionais, especialmente aqueles cujas profissões ainda não possuem um piso salarial formalizado. Entre eles estão trabalhadores do comércio, serviços gerais, limpeza, agricultura, jardineiros, cuidadores, entre outros segmentos que frequentemente dependem de convenções coletivas para a regulamentação de seus salários.
A inclusão dos cuidadores de pessoas com deficiência representa um avanço significativo no reconhecimento desses trabalhadores, refletindo uma valorização até então negligenciada. Além disso, profissionais de setores como hotelaria, lavanderia, e motoboys também passam a ter acesso ao reajuste, melhorando suas condições trabalhistas.
Qual o impacto do reajuste nas categorias profissionais?
O impacto do reajuste no salário mínimo paulista é significativo para os trabalhadores de categorias sem um piso salarial definido. Este reajuste permite que essas categorias mantenham seu poder de compra frente ao aumento do custo de vida, especialmente em um cenário econômico desafiador.
Além disso, a política de incremento acima da inflação assegura que os trabalhadores desfrutem de um ganho real, incentivando o consumo e contribuindo para a economia local. O reajuste também contribui para a diminuição das desigualdades salariais entre diferentes setores.
Como os servidores públicos são afetados?
Além das categorias tradicionais, o Projeto de Lei Complementar 11/2025 prevê a concessão de um abono complementar para servidores públicos estaduais que recebem salários inferiores ao novo piso estadual. Este abono ajusta o salário desses profissionais ao novo mínimo paulista, garantindo que todos recebam um valor adequado.
O projeto proporciona um reajuste de 10%, harmonizando suas remunerações e evitando disparidades salariais dentro do setor público estadual. A medida reforça o compromisso do governo em valorizar os servidores e garantir justiça salarial.
Quais os critérios para definição do novo salário mínimo?
O valor do novo salário mínimo foi estabelecido considerando fatores como o crescimento econômico, índice de inflação e negociações realizadas entre governo, sindicatos e entidades patronais. O objetivo é garantir que o novo piso seja suficiente para suprir as necessidades básicas dos trabalhadores e de suas famílias.
Outro critério relevante foi a busca por um valor que incentive o desenvolvimento econômico local, valorizando o trabalho e promovendo melhores condições de vida aos paulistas. O processo de definição do novo mínimo foi transparente e contou com a participação de diferentes setores da sociedade.
A comparação com o salário mínimo nacional
O novo salário mínimo paulista de R$ 1.804 é atualmente R$ 286 superior ao salário mínimo nacional, que permanece em R$ 1.518. Essa diferença coloca São Paulo na liderança entre os estados com maior piso salarial do país, servindo de referência para outras regiões.
O aumento também pressiona outros estados a revisarem seus pisos regionais, criando um ambiente favorável à valorização do trabalho em todo o território nacional. O avanço paulista pode estimular políticas semelhantes em outras unidades federativas.
Desafios para a sustentabilidade do reajuste
Apesar do impacto positivo imediato, a manutenção do salário mínimo elevado depende de um acompanhamento econômico contínuo. O aumento do piso pode pressionar pequenas empresas, principalmente em setores menos competitivos, exigindo políticas de apoio específicas para evitar demissões ou informalidade.
Dessa forma, o governo estadual enfatiza a importância de monitorar periodicamente o cenário econômico e dialogar com diferentes agentes do mercado para tornar o reajuste sustentável a longo prazo. O acompanhamento garante a permanência dos benefícios para trabalhadores e empregadores.
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Perspectivas futuras para o salário mínimo estadual
A tendência desse novo salário mínimo é de continuidade na política de ganhos reais, ampliando o poder de compra dos trabalhadores e fortalecendo a economia paulista. Setores que ainda não têm piso próprio podem esperar novos avanços por meio de diálogo entre governo e sindicatos.
Com a implementação dessas mudanças, o estado de São Paulo reafirma seu compromisso em proporcionar melhores condições de trabalho e uma remuneração mais digna para seus habitantes. No entanto, será necessário seguir avaliando o impacto dos reajustes para garantir um desenvolvimento equilibrado e sustentável no longo prazo.