O Itaú Unibanco (ITUB4) revisou para cima sua projeção de crescimento da carteira de crédito em 2025, após registrar avanços expressivos no segundo trimestre em segmentos estratégicos como alta renda, micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) e crédito imobiliário.
A nova expectativa para o crescimento da carteira no ano foi elevada de 4,5% a 8,5% para 11% a 14%. O banco já havia alcançado R$ 1,389 trilhão em volume de crédito no fim de junho, com avanço de 7,3% em 12 meses.
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Entre abril e junho, o lucro recorrente gerencial do Itaú cresceu 14,3% para R$ 11,5 bilhões, na comparação anual. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) no Brasil foi de 24,4%.
Nesta quarta-feira (6), os papéis ITUB4 operam em forte alta de 2,44%, aos R$ 36,56, em reação ao balanço divulgado na noite de ontem (5), após o fechamento do pregão.
Alta renda puxa expansão da carteira do Itaú
A principal estratégia do banco tem sido a concentração de crescimento em clientes de maior renda. Segmentos como Personnalité e Uniclass responderam por 100% da expansão do crédito no ano, com 83% dessa alta vindo de operações de crédito sem garantia, o chamado “crédito clean”.
No segmento de MPMEs, o avanço foi de 13,1% em 12 meses, impulsionado por um crescimento de 21,7% em programas de crédito com apoio governamental.
Já o crédito imobiliário para pessoas físicas teve crescimento de 17,2% no mesmo período.
Qualidade do crédito e controle de risco
A taxa de inadimplência acima de 90 dias caiu para 1,9% no Brasil, recuo de 0,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. No consolidado, o indicador ficou em 2,0%.
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O CFO do Itaú, Gabriel Amado de Moura, destacou que o aumento da inadimplência de curto prazo no primeiro trimestre não se traduziu em piora nos atrasos mais longos. Segundo ele, o banco mantém o risco da carteira “bastante controlado”, mesmo com a estratégia de crescimento acelerado.
Margens e receitas não financeiras em alta
A margem financeira com clientes somou R$ 30,3 bilhões, alta de 15,4% em 12 meses. O índice de margem anualizada no Brasil foi de 9,2%, enquanto o consolidado se manteve em 10%.
As receitas com serviços e seguros totalizaram R$ 14,2 bilhões, com crescimento de 3,1% em relação ao segundo trimestre de 2024. Destacam-se os aumentos de 17,5% na administração de recursos e de 17,3% no resultado com seguros.
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Para o Citi, o Itaú teve mais um trimestre “sólido”, com aumento na margem financeira e controle da inadimplência. O banco destacou o bom desempenho em crédito e rentabilidade, mas apontou fragilidade nas receitas de tarifas — especialmente em cartões e conta corrente.
A recomendação para o papel é de compra, com preço-alvo de R$ 42, ou seja, representando uma potencial de valorização de 17,7%.
Itaú melhora eficiência durante transformação digital
Mesmo com alta de 9,4% nas despesas operacionais, o índice de eficiência no Brasil melhorou, chegando a 37,4% no segundo trimestre. A eficiência consolidada no semestre foi de 38,4%, frente a 44,7% em 2020.
O Itaú tem avançado em sua estratégia digital. Mais de 10 milhões de clientes já migraram para o super aplicativo da instituição. A adesão à plataforma fullbank, que integra todos os produtos, alcançou 99,3% de conversão.
Essa migração tem impulsionado a produção digital, com crescimento de 31% em empréstimos e 72% em produtos do dia a dia, como parcelamento de fatura e PIX com crédito.
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Possíveis dividendos adicionais em 2026
O CEO Milton Maluhy afirmou que o banco deve realizar uma “distribuição importante” de dividendos adicionais no início de 2026, dependendo do fechamento do ano e das oportunidades de fusões e aquisições.
O índice de capital principal (CET I) ficou em 13,1%, acima do mínimo regulatório. Segundo Maluhy, o banco trabalha com uma base de 12% para distribuição de dividendos, mantendo margem de segurança.