O dólar fechou esta quarta-feira (6) em baixa de 0,78% frente ao real, R$ 5,46 — primeira vez abaixo de R$ 5,50 desde 8 de julho —, acompanhando a desvalorização global da moeda americana e um ambiente internacional mais favorável para ativos de risco.
O mercado internacional segue com expectativa crescente de cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed) a partir de setembro. Dados fracos do mercado de trabalho americano reforçaram essa percepção, aumentando apostas de dois cortes ainda em 2025.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, caiu cerca de 0,60% no dia, para a faixa de 98,200 pontos, acumulando queda de 1,60% no mês.
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Entre moedas emergentes, o real acompanhou a tendência de valorização. O rand sul-africano teve ganhos acima de 1%, enquanto o peso chileno recuou mais de 0,80%, pressionado por decisão do Banco Central do Chile de ampliar reservas internacionais, medida vista como negativa para sua moeda.
Nos quatro primeiros pregões de agosto, o dólar acumula queda de 2,46% frente ao real. No ano, a desvalorização chega a 11,60%, após alta de 3,07% em julho.
Fatores locais têm impacto limitado
Apesar do início da aplicação da tarifa de 50% sobre parte das exportações brasileiras para os Estados Unidos, o impacto desse fator ficou em segundo plano diante do cenário externo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não pretende retaliar os EUA, reduzindo riscos de uma escalada comercial.
Dados do Banco Central mostram que, na semana passada, houve entrada líquida de US$ 2,010 bilhões no país, impulsionada pelo comércio exterior. No acumulado do ano, no entanto, o fluxo cambial segue negativo em US$ 14,646 bilhões, segundo pior resultado da série histórica para o período.
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