O Banco da Inglaterra (BoE) reduziu sua taxa básica de juros de 4,25% para 4% nesta quinta-feira (7), como era esperado pelo mercado. A decisão, no entanto, foi dividida: cinco membros do Comitê de Política Monetária votaram pelo corte de 0,25 ponto percentual, enquanto quatro preferiram manter a taxa inalterada.
A decisão de retomar os cortes foi motivada por sinais de desaceleração no mercado de trabalho do Reino Unido e pela redução das incertezas comerciais.
Esse foi o quinto corte consecutivo realizado pelo banco central britânico desde agosto de 2024, quando teve início o atual ciclo de afrouxamento monetário. Em junho, os juros haviam sido mantidos em 4,25%.
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Em comunicado, o banco afirmou que “Uma abordagem gradual e cautelosa para a retirada adicional da política monetária continua apropriada. O momento e o ritmo das futuras reduções na restritividade da política dependerão da extensão em que as pressões desinflacionárias subjacentes continuarem a diminuir.”
O BoE mencionou, ainda, o acordo firmado entre Reino Unido e Estados Unidos, que estabelece uma tarifa “recíproca” de 10%, bem menor do que as impostas a outros países pelo governo Trump.
Banco da Inglaterra eleva projeções para o PIB e inflação
O BoE também atualizou suas projeções econômicas. A estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) britânico em 2025 subiu de 1% para 1,25%. Para 2026, a previsão foi mantida em 1,25%, e para 2027, em 1,5%.
Em relação à inflação, o banco agora projeta que o índice de preços ao consumidor (CPI) atingirá o pico de 4% em setembro, acima da previsão anterior de 3,7% feita em junho.
A inflação deve recuar gradualmente até atingir a meta oficial de 2% no segundo trimestre de 2027, um trimestre depois da previsão anterior, feita em maio.
A previsão para a inflação no intervalo de um ano é de 2,7%, também acima da projeção anterior de 2,4%, com base nas taxas de juros de mercado. Segundo o comunicado, “o momento e o ritmo dos cortes dependem da extensão da desinflação.”
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Juros ainda estão em trajetória de queda
O presidente do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, comentou a decisão e reforçou a cautela da autoridade monetária: “A decisão de agosto foi equilibrada, mas os juros ainda estão em trajetória descendente”, disse Bailey.
Ele acrescentou que eventuais cortes adicionais precisarão ser feitos com prudência: “É importante que não cortemos a taxa básica de juros muito rápido ou muito forte e que os preços de alimentos e energia são importantes para os consumidores.”
Bailey também afirmou que é devido esperar que a normalização gradual do crescimento salarial se traduza em menor inflação dos preços dos serviços e que há boas razões para não esperar que o aumento da inflação persista.