Os fundos de investimento registraram captação líquida de R$ 16,7 bilhões em julho, segundo dados da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
O resultado representa uma desaceleração em relação aos R$ 36 bilhões captados em junho, mas mantém o saldo anual positivo em R$ 25,9 bilhões.
- Crédito com as menores taxas do mercado. Simule um empréstimo com home equity agora.
A maior parte das entradas veio da categoria de renda fixa, que segue beneficiada pelo atual patamar da taxa Selic, a mais alta em quase duas décadas. Em julho, os fundos de renda fixa tiveram captação líquida de R$ 21,2 bilhões, alta frente aos R$ 10,8 bilhões do mês anterior.
Em julho, a maior rentabilidade na renda fixa ficou com os fundos de dívida externa, que investem em títulos emitidos pelo governo brasileiro no exterior: alta de 3,11%.
Nos multimercados, o destaque foi o tipo estratégia específica, com ganho de 1,42%. Já nos fundos de ações, apenas os que investem em uma única empresa encerraram o mês no positivo, com rentabilidade de 0,19%.
- ⚡ Investir sem estratégia custa caro! Garanta aqui seu plano personalizado grátis e leve seus investimentos ao próximo nível.
Investidores mantêm perfil conservador
Para Pedro Rudge, diretor da ANBIMA, a política monetária do Banco Central é um dos principais fatores que explicam esse comportamento.
“A decisão do Copom de manter a Selic em patamar elevado contribui para a continuidade de uma estratégia mais conservadora entre os investidores […] Nesse contexto, os fundos de renda fixa devem seguir como principal motor de crescimento e estabilidade da indústria”, afirma.
Dentro da renda fixa, os fundos Duração Livre Crédito Livre, que aceitam maior risco ao alocar parte da carteira em títulos de crédito privados no Brasil ou no exterior, captaram R$ 14,6 bilhões no mês.
Fundos de ações seguem no vermelho
Na outra ponta, os fundos de ações registraram saídas líquidas de R$ 5 bilhões, mantendo a tendência negativa, embora em ritmo menor que em junho (R$ 6 bilhões). Dentro dessa categoria, os fundos do tipo livre, sem estratégia específica, concentraram os maiores resgates: R$ 3,2 bilhões.
- 🔥 Quem tem informação, lucra mais! Receba as melhores oportunidades de investimento direto no seu WhatsApp.
Já os fundos multimercados tiveram saídas líquidas de R$ 1,1 bilhão, ante R$ 7,3 bilhões em junho. Mesmo com a desaceleração, a categoria segue liderando os resgates em 2025, com saldo negativo acumulado de R$ 75,9 bilhões. Entre os subtipos, os fundos macro foram os mais afetados, com saídas de R$ 1,8 bilhão.
FIDC e FIP têm saldo positivo
Entre os demais tipos de fundos, os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) apresentaram captação líquida de R$ 2,7 bilhões. Os FIPs (Fundos de Participações) captaram R$ 268,1 milhões, enquanto os cambiais somaram R$ 149,3 milhões. Já os de previdência tiveram leve saldo positivo de R$ 40,4 milhões.
Na contramão, os ETFs tiveram resgates líquidos de R$ 1,5 bilhão.