As vendas do varejo brasileiro subiram 2,4% em julho, segundo o Índice do Varejo Stone (IVS). Na comparação com o mesmo mês de 2024, houve queda de 1,1%, indicando que a atividade do setor segue em ritmo mais lento no acumulado anual.
Para Guilherme Freitas, economista e cientista de dados da Stone, o avanço mensal reflete a resiliência do mercado de trabalho, que sustenta o consumo. Ele ressalta, no entanto, que o nível de atividade ainda está abaixo do registrado no ano passado, reforçando o cenário de desaceleração da economia.
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O comércio físico cresceu 0,7% em julho, enquanto o digital registrou queda de 6,8% no mesmo período. Em relação a julho de 2024, o recuo foi de 1,1% nas vendas físicas e de 18% no comércio online.
Vendas no varejo por setor
Cinco dos oito segmentos analisados cresceram no mês. O melhor desempenho foi do setor de material de construção (+3,8%), seguido por outros artigos de uso pessoal e doméstico (+1,2%), artigos farmacêuticos (+1,1%), combustíveis e lubrificantes (+0,8%) e tecidos, vestuário e calçados (+0,7%).
No comparativo anual, apenas combustíveis e lubrificantes tiveram alta (+1%). Móveis e eletrodomésticos registraram a maior queda (-8%), seguidos por outros artigos de uso pessoal e doméstico (-3,1%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-2,4%).
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Panorama regional
No recorte por estados, nove unidades da federação registraram crescimento anual, com destaque para Acre (+6,5%) e Tocantins (+6,4%). As maiores quedas foram no Rio Grande do Sul (-7%), Amazonas (-4%) e Rio Grande do Norte (-3,7%).
Segundo Freitas, o Norte apresentou desempenho amplamente positivo, enquanto o Centro-Oeste mostrou sinais favoráveis. Já Sul e Nordeste tiveram retração generalizada, refletindo um ambiente econômico mais desafiador nessas regiões.