O dólar fechou esta quarta-feira (13) em alta de 0,27% frente a real, a R$ 5,40. No exterior, a moeda norte-americana operou majoritariamente em baixa, com as expectativas de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em setembro próximas de 100%.
Operadores apontam que o movimento de alta no Brasil foi motivado por ajustes de posições e realização de lucros, após o rompimento do piso técnico de R$ 5,40 na véspera — quando o dólar fechou no menor nível desde 14 de junho.
A queda do petróleo e o recuo de moedas emergentes, como peso mexicano e peso colombiano, também contribuíram para a pressão sobre o real.
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O Dollar Index (DXY), que mede o desempenho do dólar frente a seis moedas fortes, caiu abaixo de 98.000 pontos, atingindo mínima de 97,626. O indicador recua cerca de 2,20% em agosto e acumula perda de mais de 9,80% no ano.
Pacote contra o tarifaço dos EUA
O anúncio do pacote do governo Lula para mitigar os efeitos das tarifas impostas pelos Estados Unidos gerou preocupação do ponto de vista fiscal, mas não foi apontado como fator principal para a desvalorização da moeda brasileira.
As medidas incluem a abertura de R$ 30 bilhões em crédito extraordinário, aporte de R$ 4,5 bilhões em fundos de garantia para exportações e extensão do Reintegra — benefício que devolve parte dos tributos sobre produtos exportados — para todas as empresas que vendem aos EUA.
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que, somando os aportes e o Reintegra, serão R$ 9,5 bilhões fora da meta fiscal, com possibilidade de exclusão desses valores da meta de resultado primário de 2025.
Expectativas para o Fed
O Dollar Index (DXY), que mede o desempenho do dólar frente a seis moedas fortes, caiu abaixo de 98.000 pontos, atingindo mínima de 97,626. O indicador recua cerca de 2,20% em agosto e acumula perda de mais de 9,80% no ano.
Pela manhã, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse que há “boa possibilidade” de o Fed reduzir a taxa de juros em 50 pontos-base em setembro.
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Ferramentas do CME Group apontam 99,99% de probabilidade de corte no mês e mais de 57% de chance de redução total de 75 pontos-base até o fim do ano.
Dados fracos do mercado de trabalho e inflação ao consumidor controlada em julho reforçam a aposta de um ciclo de afrouxamento monetário mais intenso nos EUA.