A Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer (EMBR3) responsável pelo desenvolvimento do eVTOL — aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical, conhecida como “carro voador” — confirmou nesta quinta-feira (14) uma oferta direta de ações que soma US$ 230 milhões.
O investimento, liderado pelo BNDESPar, será realizado por meio da subscrição de BDRs (Brazilian Depositary Receipts). A operação marca a dupla listagem da companhia, que já negocia na Bolsa de Nova York (NYSE) desde 2022.
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Estrutura da operação da Eve
Foram emitidas 47,4 milhões de ações ordinárias a US$ 4,85 cada. O BNDESPar ficará com cerca de 30% do total, investindo US$ 74,9 milhões (R$ 405,3 milhões). O restante será aportado pela Embraer e investidores institucionais.
Os BDRs, que serão listados na B3 sob o código “EVEB31”, terão liquidez diária garantida por market maker. O fechamento da operação está previsto para 15 de agosto.
Segundo a Eve, os recursos vão financiar serviços realizados no Brasil, amortização de dívidas, investimentos estratégicos e capital de giro.
Aporte e estratégia do BNDES
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, classificou o investimento como estratégico para a mobilidade aérea sustentável. Ele ressaltou que o primeiro voo do eVTOL está previsto para ocorrer 120 anos após o feito histórico de Santos Dumont com o 14-Bis.
De acordo com o banco, esta é a segunda participação do BNDESPar em renda variável voltada à economia verde e inovação.
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Desenvolvimento do “carro voador”
O eVTOL da Eve comporta cinco pessoas (quatro passageiros e um piloto) e tem autonomia de 100 km, suficiente para trajetos urbanos. A empresa prevê o início das operações entre 2027 e 2028.
O protótipo em escala real deve realizar seu primeiro voo em dezembro deste ano. A Eve já soma cerca de 2,8 mil pedidos firmes, com 28 clientes em nove países, equivalente a US$ 14 bilhões em valor potencial.
A unidade fabril será construída em Taubaté (SP) e entrará em operação após a certificação de tipo da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).