A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deve atingir 340,5 milhões de toneladas em 2025, alta de 16,3% frente a 2024, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado para a produção de commodities supera o recorde anterior e representa um acréscimo de 47,7 milhões de toneladas.
Na comparação com junho, a estimativa cresceu 2,1%, ou 7,1 milhões de toneladas. A área colhida prevista é de 81,2 milhões de hectares, avanço de 2,7% sobre o ano anterior.
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Soja, milho e arroz puxam alta da safra
Os principais incrementos vieram da soja, com 165,5 milhões de toneladas, do milho, com 137,6 milhões, e do arroz em casca, com 12,5 milhões. Juntos, os três produtos representam 92,7% da produção total e 88% da área colhida.
Em relação a 2024, destaque para o aumento de 19,9% na produção de milho, 14,2% na de soja e 17,7% na de arroz. O algodão, o feijão, o sorgo e o trigo também apresentaram crescimento na comparação anual.
Segundo o gerente do LSPA, Carlos Barradas, o avanço foi impulsionado por maiores investimentos dos produtores, ampliação de áreas e uso de tecnologia, além de condições climáticas favoráveis na maior parte do país.
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Mato Grosso mantém liderança
Mato Grosso responde por 32,4% da produção nacional de grãos, seguido por Paraná (13,4%) e Goiás (11,4%). O Centro-Oeste concentra mais da metade da safra brasileira, com 51,5% do total.
“Os recordes de produção do milho e do sorgo em 2025 ocorrem devido à ampliação das áreas de plantio e ao clima que beneficiou essas lavouras durante as duas safras, notadamente o milho da 2ª safra no Mato Grosso, que é o maior produtor nacional desse cereal”, disse Barradas.
O aumento da oferta desses grãos acompanha a maior demanda da indústria de ração animal e de etanol de milho, segmento que tem ganhado novas usinas no estado.