Os mercados começaram a semana atentos às negociações do presidente Donald Trump com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e líderes da União Europeia. Um eventual avanço nas conversas sobre a guerra, que já dura mais de três anos, pode mexer com os preços de commodities como o petróleo.
A análise é de Sergio Ricciardi, sócio da Wiser | BTG Pactual, no novo episódio do podcast Perspectivas da Semana. Segundo ele, além da geopolítica, os investidores monitoram os próximos sinais de política monetária nos Estados Unidos e os efeitos das tarifas comerciais adotadas pelo governo americano.
- Enquanto você lê esta notícia, outros investidores seguem uma estratégia validada — veja como automatizar suas operações também.
Confira a análise na íntegra:
Mercados de olho em inflação e juros nos EUA
Ricciardi lembra que os últimos dados de inflação nos EUA, especialmente no setor de serviços, mostraram pressão maior do que o esperado. Esse cenário reduz a probabilidade de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) no curto prazo.
Os títulos do Tesouro americano, as chamadas Treasuries, registraram alta nos rendimentos, enquanto o dólar manteve desempenho fraco frente a outras moedas globais, refletindo a expectativa de juros mais altos por mais tempo.
- Chega de operar no escuro: conheça a ferramenta que automatiza seus investimentos — acesse agora e fale com nosso time no WhatsApp.
Panorama da Bolsa
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, encerrou a última semana em alta de 0,31%, aos 133.340 pontos. Já os contratos futuros de juros locais mantiveram trajetória de queda, com a taxa de 2035 fechando em 13,52%.
Para Ricciardi, os movimentos mais relevantes virão de fora. “Os mercados estão em compasso de espera, mas qualquer sinal sobre a guerra na Ucrânia ou sobre a velocidade do corte de juros nos Estados Unidos pode redefinir as expectativas globais”, avaliou.
Agenda da semana
Entre os indicadores, a semana será marcada pela divulgação da ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), além do PMI nos Estados Unidos. A entrevista do presidente do Fed, Jerome Powell, prevista para sexta-feira, deve ser o principal evento para os mercados.
No Brasil, a expectativa segue em torno da manutenção da taxa Selic em 15% ao ano, com o Banco Central (BC) condicionado aos próximos passos da política monetária americana.









