O dólar fechou esta segunda-feira (18) em alta de 0,67% frente ao real, a R$ 5,43. A movimentação refletiu cautela dos investidores, ajustes de posições e realização de lucros após a forte queda da divisa nas últimas semanas.
A semana será marcada pela divulgação da ata do Federal Reserve (Fed), na quarta-feira (20), e pelo discurso do presidente da instituição, Jerome Powell, no Simpósio de Jackson Hole, na sexta-feira (22).
Os dois eventos são aguardados porque podem indicar os próximos passos da política monetária nos Estados Unidos, especialmente sobre cortes de juros.
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Em Washington, líderes ocidentais discutiram um possível cessar-fogo na guerra da Ucrânia. O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que medidas positivas serão anunciadas em breve e propôs uma reunião com Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin “o mais rápido possível”.
Segundo analistas, o fim do conflito poderia reduzir pressões sobre o preço do petróleo e, por consequência, sobre a inflação global. No curto prazo, no entanto, os investidores seguem atentos aos impactos do aumento de tarifas anunciado por Trump.
No mês, a moeda acumula perdas de 2,97% e, no ano, queda de 12,07%. Apesar de ser a divisa emergente com melhor desempenho em 2025, o real teve hoje a maior desvalorização entre as moedas mais negociadas.
Banco Central brasileiro mantém cautela
No cenário doméstico, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, descartou a possibilidade de cortes na taxa Selic ainda este ano. Ele afirmou que, apesar de sinais de moderação da atividade econômica, o crescimento segue acima do potencial.
A Selic foi mantida em 15% na última reunião do Copom, após longo ciclo de alta, e, segundo Guillen, deve permanecer em patamar elevado por um período prolongado.
Atividade econômica
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, recuou 0,1% em junho, com ajuste sazonal. O resultado veio abaixo das expectativas do mercado, puxado principalmente pelo agronegócio.
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Dollar Index
No exterior, o índice Dollar Index (DXY), que mede a força do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, superou novamente os 98 pontos, com máxima de 98,186 pontos.
