O governo federal recebeu R$ 4,52 bilhões em dividendos no 2º trimestre deste ano, marcando a segunda queda consecutiva nessa fonte de receita dos cofres públicos, segundo levantamento da Elos Ayta.
O valor* proveniente da Eletrobras (ELET3; ELET6), Petrobras (PETR3; PETR4) e Banco do Brasil (BBAS3) no segundo trimestre é 65,5% menor em relação ao mesmo período de 2024.
Esse também foi o menor valor recebido desde o 1º trimestre de 2022, quando foram arrecadados R$ 1,77 bilhão em proventos das estatais.
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Petrobras possui maior peso na arrecadação do governo
A redução do montante no segundo trimestre é explicada principalmente pela arrecadação por meio da Petrobras. A companhia anunciou o pagamento de US$ 9,6 bilhões em dividendos, mas apenas R$ 2,8 bilhões foram destinados ao governo federal.
O montante ficou abaixo das estimativas do mercado, que projetavam repasses entre R$ 3,6 bilhões e R$ 4,6 bilhões.
Para efeito de comparação, no auge do ciclo de pagamentos, no terceiro trimestre de 2022, a União chegou a receber R$ 31,85 bilhões da estatal, quase sete vezes mais do que no trimestre atual.
Banco do Brasil e Eletrobras têm contribuição secundária de dividendos
O Banco do Brasil repassou R$ 1,2 bilhão à União no segundo trimestre de 2025, valor que veio em linha com as projeções de mercado.
A Eletrobras, por sua vez, surpreendeu ao pagar R$ 522 milhões em dividendos, enquanto analistas esperavam que a companhia só voltasse a remunerar o governo em 2026.
Mesmo com a redução da participação acionária da União na companhia, hoje em torno de 28,9%, os dividendos recebidos têm mostrado relativa estabilidade, ainda que em patamares muito inferiores aos da Petrobras.
Recorde de dividendos recebidos pelo governo
Contabilizando desde 2020, o recorde de dividendos recebidos pela União ocorreu no terceiro trimestre de 2022, com R$ 33,94 bilhões arrecadados.
No atual governo, o melhor resultado foi no segundo trimestre do ano passado, quando os dividendos federais somaram R$ 13 bilhões.
O CEO da Elos Ayta, Einar Rivero, ressalta entre os números que em apenas três trimestres, os valores superaram a barreira dos R$ 10 bilhões, evidenciando a importância pontual, mas cada vez menos recorrente, dessa fonte de caixa.
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*Os valores considerados no levantamento se referem a dividendos efetivamente pagos pelas empresas, ou seja, saídas de caixa já realizadas, que podem estar associadas a lucros do trimestre em questão ou de períodos anteriores.