O Impostômetro, painel instalado na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), no Centro Histórico da capital paulista, registrou às 10h desta quarta-feira (20), que os contribuintes brasileiros bateram a marca de R$ 2,5 trilhões pagos em impostos em 2025.
O valor considera o total de impostos, taxas e contribuições pagos aos governos federal, estadual e municipal desde o início do ano, incluindo multas, juros e correção monetária.
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Arrecadação de impostos cresce mais rápido em 2025
Na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o Impostômetro registrava R$ 2,287 trilhões, houve um crescimento de aproximadamente 9,31%.
De acordo com Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, esse aumento foi registrado 23 dias mais cedo do que em 2024 devido a uma combinação de fatores que impulsionaram a arrecadação tributária. Entre eles, destaca-se o aquecimento da atividade econômica.
Segundo o economista, a inflação também influenciou o resultado: “A inflação também desempenhou um papel relevante, uma vez que o sistema tributário brasileiro é majoritariamente baseado em impostos sobre o consumo, que incidem diretamente sobre os preços dos bens e serviços”.
Fatores que aumentaram a carga tributária
Ruiz de Gamboa também aponta outros fatores que explicam o crescimento da arrecadação, além do tão discutido aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS):
- Tributação de fundos exclusivos e offshores
- Mudanças na tributação de incentivos (subvenções) concedidos por estados
- Retomada da tributação sobre combustíveis
- Tributação das apostas (bets)
- Impostos sobre encomendas internacionais, como a taxa sobre as “blusinhas”
- Reoneração gradual da folha de pagamentos
- Fim de benefícios fiscais para o setor de eventos (PERSE)
Gastos públicos superam arrecadação de impostos
A plataforma Ga$to Brasil, que compartilha o painel com o Impostômetro, tem como objetivo mostrar, de forma clara e acessível, como o governo utiliza o dinheiro público.
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A Ga$to Brasil aponta que enquanto a arrecadação tributária já soma cerca de R$ 2,5 trilhões, os gastos não financeiros (primários) do setor público, em todas as esferas de governo, já ultrapassam R$ 3,3 trilhões no mesmo período.
Segundo Ruiz de Gamboa, “Esse desequilíbrio entre arrecadação e despesas primárias é preocupante, porque mostra que o Brasil está operando no vermelho mesmo antes de pagar os juros da dívida, o que compromete a sustentabilidade fiscal e pressiona ainda mais a necessidade de ajustes estruturais nas contas públicas”.
Além do painel físico do Impostômetro, localizado na Rua Boa Vista, 51, no Centro Histórico de São Paulo, próximo ao edifício-sede da ACSP, os dados sobre a arrecadação de impostos nas esferas federal, estadual e municipal podem ser acompanhados, em tempo real, pelo site oficial.