A diferença entre as taxas de juros do Brasil e dos Estados Unidos irá proteger o câmbio até 2026, afirma o Departamento de Pesquisa Econômica (DPEc) do Banco Daycoval. Hoje, o diferencial de juros está em 6,6%.
Segundo o estudo, quando o diferencial entre as taxas está acima de 3,9%, tanto riscos políticos como fiscais internos tornam-se estatisticamente irrelevantes para o câmbio, enquanto os riscos externos têm impacto reduzido pela metade.
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Além disso, a valorização das commodities, que aumenta a entrada de dólares no país, também contribui para a apreciação do real.
A expectativa é de que o diferencial permanecerá elevado até o fim de 2025, já que o Federal Reserve (Fed) deve cortar juros duas vezes ainda neste ano, enquanto a taxa Selic tende a seguir em 15%. Com isso, o câmbio deve continuar acomodado.
O Daycoval, no entanto, faz um alerta: a partir do próximo ano, espera-se o início do ciclo de queda da Selic no Brasil, ao mesmo tempo em que se aproxima o período eleitoral de 2026.
Esse movimento pode reduzir o diferencial de juros e tornar o câmbio novamente mais vulnerável às variações de risco, aumentando a probabilidade de volatilidade.
O que significa o diferencial de juros?
Nada mais é do que a entre a taxa de juros brasileira e a norte-americana, descontada a inflação em cada país. Quando o Brasil mantém juros mais altos do que os EUA, investidores trazem recursos para o mercado brasileiro em busca de rentabilidade. Esse movimento fortalece o real, aumentando a entrada de dólares no país.
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