O dólar fechou esta quinta-feira (21) em leve alta de 0,11% frente ao real, a R$ 5,48. Investidores reagiram a dados econômicos melhores que o esperado nos Estados Unidos e ao tom cauteloso de dirigentes do Federal Reserve (Fed), que reduziram as chances de corte de juros já em setembro.
O mercado aguarda agora o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, nesta sexta-feira (22), durante o Simpósio de Jackson Hole. A fala será determinante para calibrar as apostas sobre o ritmo do afrouxamento monetário nos EUA até o fim do ano.
Na semana, acumula valorização de 1,50%, reduzindo as perdas em agosto para 2,17%. No ano, a moeda ainda recua 11,34% frente ao real.
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Real ainda sente impacto das tensões políticas
No Brasil, operadores afirmam que o real tenta se estabilizar após a forte desvalorização recente, provocada pelas tensões diplomáticas entre EUA e Brasil. A crise ganhou força após sanções americanas contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Na terça-feira (19), a moeda superou R$ 5,50 pela primeira vez desde o início de agosto. Parte dessa pressão também foi associada ao cenário político interno, após pesquisa Genial/Quaest indicar vantagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa eleitoral de 2026.
Fed cauteloso
No exterior, o Dollar Index (DXY), que mede o dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, subiu 0,45% no fim da tarde, a 98,650 pontos, acumulando alta de mais de 0,80% na semana. Confira o gráfico DXY (em tempo real):
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Pela manhã, o presidente do Fed de Kansas City, Jeff Schmid, afirmou ser apropriado manter a política monetária “modestamente restritiva”. Mais tarde, a presidente do Fed de Cleveland, Beth Hammack, disse que, com os indicadores atuais, não cortaria os juros em setembro.
Ferramenta de monitoramento do CME Group mostrou queda na probabilidade de corte de juros já no mês que vem: de 82% ontem para pouco acima de 70% hoje. Na semana passada, a chance era próxima de 100%.