O Índice de Confiança da Indústria (ICI), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), caiu 4,4 pontos em agosto, para 90,4 pontos. Foi a maior retração desde a pandemia de Covid-19 em 2020.
Na média móvel trimestral, o indicador recuou 2,8 pontos, para 94 pontos, e segundo o economista Stéfano Pacini, do FGV IBRE, o resultado mostra a crescente insegurança entre os empresários.
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O aumento dos estoques preocupa o setor e o pessimismo se espalhou tanto para o curto quanto para o longo prazo, em um ambiente de política monetária contracionista e de incertezas externas envolvendo Brasil e Estados Unidos.
Situação atual e expectativas em queda
Em agosto, 15 dos 19 segmentos industriais pesquisados registraram queda. O Índice da Situação Atual (ISA) caiu 3,9 pontos, para 93,4 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) recuou 4,9 pontos, para 87,6 pontos, o menor nível desde 2021.
O subíndice que mede a situação atual dos negócios foi o que mais influenciou a queda, com retração de 6,1 pontos, para 91,3 pontos. Esse foi o pior resultado desde janeiro de 2022.
O nível atual de demanda também recuou, para 95,6 pontos, o menor desde março de 2024. Já o indicador de estoques avançou para 106,2 pontos, o maior nível desde novembro de 2023, sinalizando excesso de produtos armazenados.
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Indústria passa por pessimismo com emprego
Entre as expectativas, a maior queda foi no indicador de contratações, que recuou 5,9 pontos e chegou a 91,2 pontos, o pior nível desde junho de 2020, quando a economia ainda sentia os efeitos da pandemia.
Os indicadores de tendência dos negócios e de produção prevista também recuaram pelo terceiro mês seguido, para 83,6 e 88,6 pontos, respectivamente.