O dólar fechou esta quarta-feira (27) em queda de 0,32% frente ao real, a R$ 5,42. A moeda chegou a superar R$ 5h45 pela manhã, mas recuou acompanhando o movimento no mercado internacional.
No exterior, a moeda americana oscilou em meio ao aumento da percepção de risco após os atritos entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o Federal Reserve (Fed). Trump pressiona pela remoção de Lisa Cook da diretoria da instituição, o que pode gerar disputa judicial.
O aumento da tensão elevou a curva de juros americana, impulsionando o dólar mais cedo. A taxa do T-bond de 30 anos, no entanto, inverteu e passou a cair, reduzindo a pressão. O índice DXY, que mede a variação do dólar frente a seis moedas fortes, voltou para a estabilidade.
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Confira o gráfico DXY (em tempo real):
Com isso, o real se fortaleceu, sustentado ainda pela alta do petróleo e pela entrada de fluxo estrangeiro. A moeda brasileira acumula queda de 3,28% em agosto e de 12,35% em 2024.
Política monetária e diferencial de juros
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que a Selic deve permanecer em patamar restritivo por período prolongado para garantir a convergência da inflação à meta. Para investidores, o diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos continua favorecendo o real.
Dados de crédito e mercado de trabalho
No Brasil, dados divulgados nesta quarta indicam moderação da economia. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostrou abertura de 129.775 vagas em julho, abaixo da projeção de 135 mil.
Além disso, o BC registrou saída líquida de US$ 1,833 bilhão do país em agosto (até dia 22), concentrada no canal financeiro. No acumulado do ano, a saída líquida chega a US$ 16,674 bilhões.
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Contas externas e projeções
O Itaú Unibanco avalia que o déficit em transações correntes, que chegou a 3,5% do PIB nos 12 meses até julho, é um fator de pressão para a economia.