Os contratos futuros do café e do milho tiveram forte queda nesta quinta-feira (28), em um pregão marcado pela volatilidade. Enquanto o café perdeu força após testar resistência, o milho registrou um movimento de baixa mais intenso no mercado interno.
Segundo análise de Guto Gioielli, fundador do Portal das Commodities, o café chegou a tocar a máxima de US$ 391 por libra-peso, mas não conseguiu sustentar os ganhos e fechou em US$ 375,70, após bater a mínima do dia em US$ 374,70.
Apesar de não exercer pressão direta sobre as commodities, a Operação Carbono Oculto foi vista por Gioielli como um fator influente para ampliar o cenário de incertezas no mercado financeiro como um todo.
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Confira a análise na íntegra:
Milho pressiona contratos
O milho futuro teve um dia de forte desvalorização. Gioielli destacou que o grão vem apresentando movimentos inesperados ao longo do ano, o que tem dificultado operações no mercado. No exterior, a commodity também oscilou: chegou à mínima de US$ 4,03 por bushel pela manhã, mas fechou em US$ 4,10.
A dificuldade de comercialização segue como um dos fatores para a instabilidade. Produtores estão capitalizados e resistem a vender a preços mais baixos, enquanto compradores estão bem abastecidos e evitam elevar suas ofertas.
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Os contratos do boi gordo, no entanto, oscilaram pouco e ficaram próximos da estabilidade. O petróleo seguiu dentro da faixa de negociação dos últimos dias, sem novidades relevantes.
Soja estável e previsão de safra no Paraná
A soja se manteve estável no pregão, sem grandes movimentos de preço. Já no campo, o Deral (Departamento de Economia Rural do Paraná) projetou aumento de área plantada na safra 2025/26. O estado deve cultivar 5,79 milhões de hectares de soja, 6% a mais que no ciclo anterior.
No caso do milho, o crescimento estimado é de 12,1%, alcançando 315 mil hectares. A produção esperada para o Paraná é de 22,5 milhões de toneladas de soja e 3,22 milhões de toneladas de milho na primeira safra.