A Sinqia, empresa de infraestrutura bancária, foi alvo de um ataque hacker no último sábado (30) que resultou no desvio estimado de pelo menos R$ 670 milhões em transações via Pix, conforme noticiou o portal Neofeed.
O maior afetado pelo ataque foi o HSBC, com perdas em torno de R$ 630 milhões, enquanto a fintech Artta, teve um prejuízo de R$ 40 milhões. Do montante, o Banco Central (BC) conseguiu bloquear cerca de R$ 366 milhões.
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Parte dos recursos teria sido direcionada a empresas de fachada utilizadas pelos criminosos para movimentar os valores, em moldes parecidos com o do ataque a C&M Software no início de julho.
O consenso entre integrantes do mercado é de que o prejuízo pode ser ainda maior, chegando na faixa entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão, segundo o Neofeed.
Nos próximos dias, as investigações devem apurar a extensão total do ataque, já que a Sinqia é uma das maiores fornecedoras de serviços de tecnologia bancária no País, conectada a dezenas de instituições.
Ataque hacker à Sinqia teve o pix como foco
Segundo a própria Sinqia, o incidente atingiu apenas o ambiente Pix e não afetou outros sistemas da companhia. A empresa informou que isolou a plataforma comprometida, iniciou a reconstrução em novo ambiente com monitoramento reforçado e acionou especialistas externos em segurança cibernética.
O HSBC confirmou que houve movimentações irregulares por meio do provedor, mas declarou que não houve impacto direto sobre contas de clientes. Já a Artta comunicou que as contas afetadas são as de liquidação interbancária mantidas junto ao BC, sem prejuízo a clientes finais.
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Contexto recente de ataques
Há dois meses, a invasão ao sistema da C&M Software, desviou cerca de R$ 1 bilhão também via Pix. Naquele episódio, parte dos recursos foi convertida em criptoativos.
Especialistas avaliam que os dois incidentes têm pontos em comum, como uso de engenharia social, falhas de fornecedores e indícios de participação interna.
De acordo com informações do Broadcast, autoridades do governo não descartam a hipótese de envolvimento de organizações criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC), em possível retaliação as operações policiais da última semana.