O Ibovespa, encerrou agosto em 141.422 pontos, acumulando alta de 6,28% no mês e 2,5% nos últimos cinco pregões. No ano, as ações do principal índice da Bolsa de Valores avançam cerca de 18%, sustentado por expectativas de cortes de juros nos Estados Unidos e, posteriormente, no Brasil.
A análise é de Sergio Ricciardi, sócio da Wiser | BTG Pactual, no novo episódio do podcast Perspectivas da Semana. Ele ressalta que, apesar das incertezas geopolíticas e discussões sobre tarifas, o movimento de flexibilização monetária no exterior tende a favorecer ativos de risco, impulsionando a Bolsa brasileira.
- Enquanto você lê esta notícia, outros investidores seguem uma estratégia validada — veja como automatizar suas operações também.
Confira a análise na íntegra abaixo:
Ações em alta no Brasil e no exterior
Enquanto o Ibovespa avançou em disparada, o S&P 500 encerrou agosto em um ritmo mais modesto, subindo 1,91% no mês, aos 6.460 pontos — apesar da queda de 0,1% na última semana.
Ricciardi lembra que investidores brasileiros que aplicam no exterior sentiram impacto negativo do câmbio, já que o dólar caiu 3% no mês, fechando em R$ 5,43.
O movimento reduziu o retorno em reais, mesmo com desempenho positivo das bolsas americanas em dólar.
- O Copy Invest do Portal das Commodities já transformou a forma de investir em futuros — clique aqui e veja como aplicar na prática.
Fundos imobiliários e juros
O IFIX, índice que reúne os fundos imobiliários listados na B3, subiu 1,16% em agosto, apoiado pela queda dos juros futuros. O contrato de DI para 2025 fechou o mês em 13,71%, recuando 0,87% na semana.
Segundo Ricciardi, a expectativa de queda dos juros no Brasil deve favorecer ativos sensíveis à taxa de desconto, como fundos imobiliários e ações.
Agenda econômica movimentada
A semana começa com baixa liquidez devido ao feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, mas será marcada por indicadores relevantes. Entre os destaques estão:
- Terça-feira (2): Inflação (Zona do Euro); PIB (Brasil); PMI de Serviços (China e Japão)
- Quarta-feira (3): Discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE; Produção industrial (Brasil); Livro Bege e Relatório JOLTS (EUA)
- Quinta-feira (4): Balança comercial (Brasil e EUA); Pedidos de seguro-desemprego, PMI composto e de serviços (EUA); Vendas no varejo (Zona do Euro)
- Sexta-feira (5): Payroll e taxa desemprego (EUA); PIB e dados de emprego (Zona do Euro); IPP (Brasil); Produção e venda de veículos (Brasil)
Na sexta, o payroll pode confirmar o corte nos juros norte-americanos na próxima reunião. Ricciardi destacou que o mercado já precifica corte de 0,25 ponto percentual nos juros americanos em setembro.
“Quando a redução começar, existe espaço para aceleração, o que pode beneficiar ainda mais os ativos de risco”, afirmou.