O golpe do caixa eletrônico continua a ser uma fraude perigosa, combinando armadilhas físicas com a abordagem presencial de criminosos. Golpistas adulteram os terminais ou se passam por funcionários de banco para roubar os dados do seu cartão e a sua senha. Este guia direto ao ponto mostra como essas táticas funcionam e como se proteger.
Afinal, o que é e qual o verdadeiro objetivo do golpe do caixa eletrônico?

Este golpe é um conjunto de fraudes aplicadas em terminais de autoatendimento. As técnicas incluem a instalação de dispositivos falsos, como o “chupa-cabra” (para clonar o cartão) e microcâmeras (para filmar a senha), ou a atuação de um golpista que oferece “ajuda”.
O único objetivo do criminoso é obter os dados do seu cartão e a sua senha. Com essas informações em mãos, ele pode realizar saques, transferências, empréstimos e compras, esvaziando sua conta bancária em questão de minutos.
A fraude se apoia na engenharia social, mesmo quando há adulteração do equipamento. O golpista cria um problema — como um cartão preso na máquina — e se apresenta como a solução, explorando a vulnerabilidade e a pressa da vítima para enganá-la.
Como os criminosos executam este golpe passo a passo?
A fraude é uma encenação que ocorre diretamente no local do caixa eletrônico. Ela geralmente combina uma falha técnica, provocada pelo golpista, com uma abordagem presencial para capturar a senha da vítima.
O processo criminoso geralmente ocorre nesta ordem:
- A Armadilha: O criminoso instala um dispositivo que prende o cartão ou um chupa-cabra que copia os dados na entrada do leitor.
- O Problema: A vítima tenta realizar uma operação e seu cartão fica preso na máquina ou o sistema apresenta um erro.
- A Falsa Ajuda: Um golpista bem-vestido se aproxima, finge ser um funcionário do banco e oferece ajuda para resolver a situação.
- A Captura da Senha: Ele instrui a vítima a digitar a senha novamente para “liberar” o cartão, observando os números digitados. Com o cartão e a senha em mãos, a fraude está completa.
A pressão psicológica está na frustração e na urgência. A vítima, preocupada com o cartão preso, tende a confiar na aparente gentileza do “funcionário”, baixando a guarda e ignorando os protocolos básicos de segurança.
Quais são os sinais de alerta que você nunca deve ignorar?
A prevenção a este golpe começa com uma rápida, mas crucial, inspeção visual do caixa eletrônico antes de qualquer operação. A desconfiança com qualquer anormalidade no equipamento ou com abordagens de estranhos é sua principal defesa.
Fique muito atento a estes sinais de alerta que indicam uma fraude:
- Peças de plástico soltas, com cores diferentes ou mal encaixadas no bocal de entrada do cartão.
- Oferta de ajuda não solicitada por estranhos, mesmo que eles digam ser funcionários do banco.
- Dificuldade incomum para inserir ou retirar seu cartão do leitor da máquina.
- Adesivos com números de telefone de “suporte técnico” colados no terminal.
- A presença de uma pessoa muito perto de você, observando suas ações de forma suspeita.
A regra de ouro é: nunca aceite ajuda de estranhos e sempre proteja sua senha. Se o seu cartão ficar preso, não digite mais nada. Cancele a operação, se possível, e ligue para o número de telefone oficial do seu banco, que está impresso no verso do cartão.
Fui vítima, e agora? Quais são os primeiros passos imediatos a tomar?
Se você suspeita que caiu no golpe, ligue imediatamente para a central de atendimento oficial do seu banco. Use o número no verso do seu cartão ou no aplicativo e peça o bloqueio imediato do cartão e da conta, e conteste todas as transações fraudulentas.
O segundo passo é registrar um Boletim de Ocorrência (B.O.). A denúncia do crime é fundamental. O registro pode ser feito de forma online na Delegacia Virtual da Polícia Civil do seu estado.
Caso os golpistas tenham feito transferências via PIX, informe ao seu banco e solicite a abertura do Mecanismo Especial de Devolução (MED). Guarde todos os números de protocolo dos seus contatos com o banco.
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Como se proteger e usar caixas eletrônicos com segurança?
A melhor defesa é a prevenção, adotando um comportamento seguro e atento sempre que precisar usar um terminal de autoatendimento.
Adote estas dicas práticas de segurança: antes de inserir o cartão, puxe levemente o bocal de entrada para verificar se não há um chupa-cabra instalado. Sempre cubra o teclado com o corpo e a outra mão ao digitar sua senha.
Dê preferência a caixas eletrônicos localizados dentro de agências bancárias ou locais de grande movimento, evitando usá-los à noite ou em lugares isolados. Consulte sempre as dicas de segurança da FEBRABAN e do seu banco.
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Sua segurança no autoatendimento depende da sua atenção
O golpe do caixa eletrônico explora a adulteração de equipamentos e, principalmente, a confiança indevida. Um breve momento de cautela e a recusa em aceitar ajuda de estranhos são as atitudes mais eficazes para proteger seu dinheiro e seus dados.
Este guia serve como um alerta educacional. Se você foi vítima, os passos essenciais são contatar seu banco e registrar um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil. Lembre-se que, em qualquer transação bancária, a sua atenção é a principal barreira contra a fraude.