O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, encerrou o pregão desta quinta-feira (4) em alta de 0,81%, aos 140.993 pontos, com apoio dos dados do mercado de trabalho norte-americano antes do payroll.
A alta foi sustentada pelo relatório da ADP, que apontou criação de vagas abaixo do esperado, e pelo aumento nos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos. Esses indicadores do mercado de trabalho reforçam as expectativas de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) ainda neste mês.
O discurso do presidente do Fed de Nova York, John Williams, de que as condições de emprego retornaram a níveis semelhantes aos anteriores à pandemia e que os juros devem cair gradualmente, também aumentaram as apostas de corte.
Entre as ações de maior peso no Ibovespa, Vale subiu 0,20% e Petrobras encerrou a sessão em alta de 0,48% (ON) e com as ações PN estáveis. O setor financeiro também mostrou recuperação, com destaque para Bradesco, que encerrou em alta de 2,13% (ON) e 2% (PN).
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Nesta sexta-feira (5) o mercado internacional segue de olho na divulgação do payroll, dado de emprego que deve confirmar a desaceleração do mercado de trabalho nos Estados Unidos.
O indicador também deve reforçar as expectativas de corte de juros pelo Fed em setembro, após o relatório ADP e o relatório Jolts mostrarem o esfriamento do mercado de trabalho. Hoje, as chances de uma queda de 25pbs no dia 17 de setembro estão próximas de 100%.
No Brasil, o cenário político segue no radar com o avanço do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus no contexto da trama golpista de 8 de janeiro.
Enquanto a pauta da anistia atrai atenção na Câmara dos Deputados, repercute o post do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, nas redes sociais, em defesa da anistia: “A história já mostrou que a anistia e o perdão são os melhores remédios para pacificar o País”.
Tarcísio é apontado como possível sucessor de Bolsonaro e pode disputar a Presidência em 2026, em uma articulação que conta com o apoio do Centrão. Enquanto isso, o PL segue defendendo uma anistia ampla que poderia reverter a inelegibilidade do ex-presidente.
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Manchetes desta manhã
- Alternativas para o Master se estreitam, e FGC pode ter de honrar depósitos (Valor)
- Com tarifas, exportações para os EUA caem 18,5% em agosto (Folha)
- Contag arrecadou R$ 3,4 bilhões e seguiu faturando mesmo após alerta da CGU desprezado pelo INSS (Estadão)
- Tesla oferece bônus de US$ 1 tri e Elon Musk pode virar o primeiro trilionário da História (O Globo)
- Sem Lula, leilão do túnel Santos-Guarujá reúne Alckmin e Tarcísio (Valor)
Mercado global de olho no payroll
As Bolsas da Europa operam em alta, seguindo o otimismo de Nova York de que o payroll mostre desaceleração do mercado de trabalho nos Estados Unidos e aumente as apostas de início do ciclo de corte de juros ainda este mês.
Dados locais também impulsionam os índices europeus: o PIB da Zona do Euro cresceu 1,5% no segundo trimestre; ano a ano, avança acima dos 1,4% das estimativas iniciais e após uma revisão para cima de 1,6% no trimestre anterior.
Na Ásia, as Bolsas subiram em bloco, acompanhando a alta de NY antes da divulgação do payroll. Todas as praças encerraram a semana no positivo, com destaque para o índice da bolsa de Shenzhen, que alcançou alta de 3,89%.
O bom desempenho na sessão seguiu com Xangai, em alta de 1,24% e o Nikkei com ganho de 1,09% após Trump assinar ordem implementando o acordo comercial com o Japão.
Em Nova York, índices futuros operam em alta antes da divulgação do payroll, que deve reforçar a desaceleração do mercado de trabalho nos EUA e aumentar as apostas de cortes de juros na reunião do Fed de setembro.
Confira os principais índices do mercado:
•S&P 500 Futuro +0,2%
•FTSE 100 +0,2%
•CAC 40 +0,1%
•Nikkei 225 +1%
•Hang Seng +1,4%
•Shanghai SE Comp. +1,2%
•MSCI World +0,2%
•MSCI EM +1%
•Bitcoin +1,8% a US$ 112373,38
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Commodities
- Petróleo: cai antes da OPEP+ se reunir no fim de semana, com os estoques dos EUA gerando preocupações. Dados oficiais apontaram que os estoques cresceram em 2,415 milhões de barris, superando expectativas de uma queda de 2 mi. Os preços do petróleo caminham para uma queda semanal de mais de 1%.
O Brent/nov recua 0,55% , cotado a US$ 66,62 e o WTI/out cai 0,71%, a US$ 63,03 - Minério de ferro: fechou em alta de 0,77% em Dalian, na China, cotado a US$ 110,60/ton. Em Singapura, os contratos futuros estão estáveis, cotados a US$ 104,80/ton e o mercado à vista recua 0,05%, cotado a US$ 104,75/ton.
Cenário internacional repercute payroll e tarifas
Nos EUA, o mercado acompanha o resultado do payroll, que deve alimentar ainda mais as expectativas por um afrouxamento na política monetária dos Estados Unidos. A expectativa do BTG Pactual é de criação de 60 mil vagas, abaixo dos 73 mil em julho.
A próxima reunião do Fed está prevista para dia 16 de setembro as apostas chegam a quase 100% de que haverá um corte na taxa de juros depois de um período prolongado de manutenção.
No cenário comercial, o presidente Donald Trump assinou ordem executiva reduzindo de 27,5% para 15% a tarifa sobre automóveis japoneses. O acordo, anunciado em julho, amplia a tarifa de 15% para quase todas as exportações japonesas aos EUA, incluindo veículos e fármacos.
Trump também informou que seu governo vai impor tarifas sobre importações de chips e semicondutores de empresas que não transferirem a produção para o país.
Na seara política, Stephen Miran, indicado de Donald Trump para assumir a vaga de Adriana Kugler no Federal Reserve (Fed), disse em sabatina no Senado americano que não será uma “marionete” do presidente.
Cenário nacional
No Brasil, a agenda econômica encerra a semana sem indicadores relevantes, com foco na agenda políticoeconômica.
Nesta quinta-feira, a balança comercial de agosto revelou um saldo positivo do comércio brasileiro 35,8% maior do que um ano atrás, mostrando uma dependência menor dos Estados Unidos.
Segundo publicação da Reuters, o governo federal lança hoje um pacote de ajuda a agricultores endividados que deve ficar entre R$ 10 bilhões e R$ 12 bilhões para novos empréstimos usados para quitar dívidas antigas.
Na agenda política, o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, viaja para Suíça, onde participará de reuniões do Banco de Compensações Internacionais (BIS) nos próximos dias.
Enquanto isso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa do leilão do túnel Santos-Guarujá, que acontecerá hoje na B3, sem a presença do presidente Lula.
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Destaques no mercado corporativo
- Embraer: ações subiram 2,7% ontem, com a expectativa de um anúncio da companhia nos Estados Unidos no próximo dia 10.
- Raízen: informou que decidiu encerrar sua joint venture Grupo Nós, com a Femsa Comercio, deixando as operações da rede de conveniência Oxxo.
- Nubank: a A NuInvest nomeou Patricia Whitaker como diretora-executiva.
- Samarco: a Fitch elevou rating de B- para B, mantendo perspectiva positiva.
