O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, superou pela primeira vez a marca dos 143 mil pontos nesta sexta-feira (5), impulsionado pela expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos.
Após a abertura modesta — alta de 0,07% — o índice disparou acima de 1,5%, aos 143.408,64 pontos, influenciado pelo payroll, relatório de emprego norte-americano, que mostrou desaceleração no mercado de trabalho.
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Apesar do recorde, o Ibovespa segue pressionado na sessão pelos papéis da Petrobras (PETR3;PETR4), que recuam acompanhando a baixa do petróleo no exterior.
Às 12h, o índice subia 0,75%, aos 142.052,89 pontos.
Influência do payroll no Ibovespa
O relatório do Departamento do Trabalho dos EUA indicou criação de 22 mil vagas em agosto, número abaixo das projeções.
O resultado reforçou as apostas de redução da taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed) já em setembro, com possibilidade de cortes adicionais até dezembro.
Esse cenário levou investidores a migrar para ativos de maior risco em economias emergentes, como o Brasil, fortalecendo o fluxo de capital estrangeiro para a bolsa e pressionando o dólar, que recuava para a faixa de R$ 5,40.
Segundo Bruno Takeo, estrategista da Potenza Capital, há espaço para que o Ibovespa mire os 150 mil pontos ainda em 2025, “não por mérito do Brasil”, mas devido ao diferencial de juros com os EUA, disse ele ao Broadcast.
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Pressão do petróleo
Enquanto o ambiente externo sustenta os ganhos do Ibovespa, as ações da Petrobras despencam em ritmo parecido com o do petróleo. Nesta manhã, o barril do Brent cai 2,60% e o do WTI, 2,90%, em sua terceira sessão consecutiva de queda.
Além dos papéis da estatal registrarem quedas de 3,03% (ON) e 2,29% (PN), liderando as perdas do índice. Outras petroleiras também acompanharam o movimento, como a Prio (PRIO3), que caía 1,50%. Apenas PetroRecôncavo e Brava operavam no positivo.