A BrasilAgro (AGRO3) encerrou o quarto trimestre do exercício de 2025, em junho, com lucro líquido de R$ 61,3 milhões, queda de 74% na comparação anual, segundo o balanço divulgado na última quarta-feira (3).
O Ebitda ajustado recuou na mesma proporção, caindo 73%, para R$ 72 milhões, enquanto a receita líquida caiu 34%, para R$ 340,7 milhões.
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Segundo a companhia, o resultado foi impactado por perdas com derivativos, especialmente em operações de swap de dívidas. No trimestre, houve reversão de ganhos de R$ 13,1 milhões no ano anterior para uma perda de R$ 3,9 milhões em 2025.
Nesta sexta-feira (5), os papéis AGRO3 — negociados fora do Ibovespa — operam em queda de 1,37%, negociados a R$ 20,91.
Desempenho no ano fiscal
No acumulado do exercício de 2025, o lucro líquido somou R$ 138 milhões, 39% inferior ao de 2024. O Ebitda ajustado caiu 4%, para R$ 267,3 milhões.
Já a receita líquida avançou 5%, para R$ 1,119 bilhão, puxada pelo segmento operacional, que cresceu 14% e alcançou R$ 877,4 milhões. A frente imobiliária, por sua vez, recuou 18%, para R$ 241,3 milhões.
Entre abril e junho, a receita operacional permaneceu estável em R$ 228,7 milhões, enquanto a imobiliária caiu 61%, para R$ 112 milhões.
O último negócio no segmento foi a venda da Fazenda Preferência, na Bahia, por R$ 141,4 milhões. Adquirida em 2007 por R$ 10,7 milhões, a propriedade recebeu R$ 23,9 milhões em investimentos e rendeu ganho contábil de R$ 106,7 milhões.
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Nos últimos cinco anos, as vendas de terras da BrasilAgro somaram cerca de R$ 1,9 bilhão, com média anual de R$ 380,4 milhões. Em 30 de junho, o portfólio da companhia somava 249,8 mil hectares em seis Estados brasileiros, Paraguai e Bolívia, avaliados em R$ 3,1 bilhões.
Estratégia da BrasilAgro para soja
No ramo operacional, a empresa manteve foco na soja, estocando parte da produção para aproveitar a alta dos prêmios nos portos brasileiros no segundo semestre. Para a safra 2025/26, a área plantada total deve permanecer em 173 mil hectares, sendo 79,3 mil dedicados à soja.
Segundo o CEO André Guillaumon, a expectativa climática com La Niña neutro ou de baixa intensidade tende a favorecer a safra. Os custos de produção da soja giram em torno de R$ 4 mil por hectare, mas a variação do dólar será determinante para as margens.