As bolsas dos EUA fecharam esta sexta-feira (5) em queda, mesmo após a divulgação de dados de emprego (payroll) mais fracos que o esperado em agosto, que reforçaram as apostas de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) ainda neste ano.
O movimento reflete a preocupação dos investidores com a possibilidade de desaceleração econômica nos EUA, em meio ao esfriamento do mercado de trabalho.
O presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, destacou que a combinação de inflação ainda elevada e menor criação de empregos coloca a economia americana em risco de um cenário “estagflacionário” — quando há inflação alta e baixo crescimento econômico.
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Segundo o banco holandês ING, há chance de um corte de 50 pontos-base (0,50 ponto percentual) ainda em setembro, embora o cenário principal siga sendo cortes graduais de 25 pontos-base em setembro, outubro e dezembro. De acordo com ferramenta do CME Group, o mercado já considera 100% de probabilidade de início da flexibilização monetária neste mês.
Confira o desempenho dos índices:
- Dow Jones cai 0,48% (45.400,86 pontos);
- S&P 500 recua 0,32% (6.481,50 pontos);
- Nasdaq perde 0,03% (21.700,39 pontos).
Na semana, o Jones caiu 0,31%, S&P 500 encerrou em alta de 0,32% e Nasdaq subiu 1,14%.
Movimentações do mercado corporativo
O setor financeiro foi um dos principais responsáveis pela pressão sobre os índices, com queda de 1,84%. Entre os grandes bancos, Morgan Stanley caiu 1,59%, Citi recuou 1,70%, JPMorgan perdeu 3,11% e Goldman Sachs registrou baixa de 1,43%.
As empresas de energia também recuaram com a queda do petróleo. Chevron caiu 2,56% e ExxonMobil recuou 2,80%.
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Entre as quedas individuais, a Kenvue — ex-divisão da Johnson & Johnson — despencou 9,18%, após notícia de que o governo americano divulgará relatório ligando o uso do medicamento Tylenol durante a gravidez a casos de autismo.
Na ponta positiva, a Broadcom subiu quase 10% depois de apresentar resultados do terceiro trimestre acima das expectativas.