O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, atingiu novo recorde de fechamento na última sexta-feira (5), quando encerrou a sessão em alta de 1,17%, aos 142.640,14 pontos.
O desempenho do índice foi sustentado principalmente pela divulgação do relatório de emprego (payroll) dos Estados Unidos muito abaixo do esperado, reforçando as apostas de corte de juros na próxima reunião do Federal Reserve (Fed), ainda este mês.
Entre as ações de maior peso no índice, Petrobras registrou perdas de 2,26% (ON) e 1,51% (PN ), pressionada pela queda de mais de 2% no petróleo antes da reunião da Opep+; enquanto as ações da Vale subiram 0,92%, no maior nível desde março, antes das sanções comerciais dos EUA contra a China.
Já o setor financeiro registrou altas significativas, que ajudaram a sustentar o índice, com destaque para Banco do Brasil, que valorizou 3,57% (ON) na sessão e Itaú, que fechou em alta de 1,11% (PN).
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O mercado internacional começa a semana agitado, com a notícia de que Israel e Hamas teriam concordado com um novo plano de cessar-fogo dos Estados Unidos e a renúncia do primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba.
Na Europa, uma votação no Parlamento francês nesta segunda-feira (8) também pode derrubar o primeiro-ministro; enquanto nos Estados Unidos o destaque da semana são os indicadores de inflação americana, após payroll muito abaixo do esperado na última sexta-feira, confirmando o enfraquecimento do mercado de trabalho norte-americano.
No Brasil, a agenda econômica traz a divulgação do IPCA e do IGP-DI de agosto, mas o foco do mercado segue voltado para o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus no contexto da trama golpista de 8 de janeiro.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retoma o julgamento nesta terça-feira (9), com voto do relator Alexandre de Moraes. As sessões devem se estender até sexta-feira (12), enquanto o mercado acompanha com cautela, diante do risco de novas sanções de Trump ao Brasil em caso de condenação de Bolsonaro e outros réus.
Na última sexta-feira, o presidente dos EUA, Donal Trump, reafirmou a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e classificou como “lamentável” o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo STF.
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Manchetes desta manhã
- Marcas mudam fórmulas de produtos para reduzir custos e proteger a rentabilidade (Valor)
- Direita pede anistia eleitoral de Bolsonaro e Lula defende soberania O (Globo)
- Tarcísio cobra anistia e chama Moraes de ditador e tirano no 7 de Setembro (Folha)
- Crise do Master põe sob ameaça caixa de fundos de pensão e banco público (Estadão)
- Demora na votação pode levar governo a editar MP para Imposto de Renda (Valor)
Mercado global
As Bolsas da Europa iniciam a semana em alta, antes do voto de desconfiança francês. A França busca seu quinto primeiro-ministro em três anos, após a provável derrota de François Bayrou em voto de desconfiança nesta segunda-feira.
O país também enfrentará, nos próximos dias, revisões de rating de crédito, em meio a preocupações com o aumento dos gastos e da dívida, que levaram os juros de longo prazo às máximas em anos.
Ainda essa semana, o Banco Central Europeu (BCE) divulgará sua decisão sobre a política monetária (quinta-feira), com previsão de que não haverá mudança nas taxas de juros.
Na Ásia, todas as praças encerraram o pregão desta segunda-feira em alta, com investidores deixando de lado a renúncia do primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba anunciada neste domingo, além dos dados de importação e exportação da China, que vieram abaixo do esperado.
Tóquio liderou as altas, com o Nikkei fechando com valorização de 1,62% e as bolsas chinesas em alta de 0,38% (Xangai) e 0,61% (Shenzhen).
Em Nova York, índices futuros operam em alta, à espera de dados de inflação, com o índice de preços ao produtor (PPI) na quarta-feira e o índice de preços ao consumidor (CPI) na quinta-feira.
Confira os principais índices do mercado:
•S&P 500 Futuro +0,3%
•FTSE 100 +0,1%
•CAC 40 +0,5%
•Hang Seng +0,8%
•Shanghai SE Comp. +0,4%
•MSCI World +0,1%
•MSCI EM +0,5%
•Bitcoin +0,7% a US$ 112076,38
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Commodities
- Petróleo: sobe após relatos de que a União Europeia estuda novas sanções contra bancos e empresas de energia russas para encerrar a guerra na Ucrânia, enquanto o aumento moderado na produção da OPEP+ para outubro impulsionou mais os preços.
O Brent/nov sobe 1,91%, cotado a US$ 66,75 e o WTI/out valoriza 1,92%, a US$ 63,06 - Minério de ferro: fechou em alta de 0,64% em Dalian, na China, cotado a US$ 111,07/ton. Em Singapura, os contratos futuros sobem 0,58%, cotados a US$ 105,45/ton e o mercado à vista avança 0,43%, cotado a US$ 105,20/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, após dados de emprego confirmarem na semana passada o enfraquecimento do mercado de trabalho norte-americano, os mercados se preparam para uma rodada de indicadores de inflação, que podem ser decisivos para indicar a magnitude de um corte na taxa de juros.
Na quarta-feira (10), será divulgado o índice de preços ao produtor (PPI) de agosto e na quinta-feira (11), está previsto o índice de preços ao consumidor (CPI). Hoje, o principal dado é o crédito ao consumidor de julho.
Na Europa, o destaque da semana é a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira, enquanto no Reino Unido, o mercado acompanha o PIB de julho.
No contexto das commodities, a Opep+ concordou neste fim de semana em aumentar ainda mais a produção de petróleo a partir de outubro, à medida que a Arábia Saudita busca recuperar sua participação no mercado. O grupo vem aumentando a oferta desde abril.
Cenário nacional
No Brasil, a inflação também é destaque na agenda econômica, com o IPCA de agosto a ser divulgado na quarta-feira (10). Hoje, o mercado acompanha o Boletim Focus, o IGP-DI de agosto, além da balança comercial da primeira semana de setembro.
Em meio à divulgação de indicadores econômicos, os investidores seguem de olho na emenda sobre os gastos com precatório do limite das despesas. O texto, que deve ser promulgado amanhã, retira os gastos com precatórios do limite de despesas e prevê a incorporação de no mínimo 10% de todo o gasto com essa despesa a cada ano.
Na agenda política, hoje, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, participou às 7h30 de evento promovido pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS), na Basileia, Confederação Suíça.
Ainda nesta segunda-feira, o presidente Lula participa de videoconferência com países membros do Brics e à tarde, recebe o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
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Destaques no mercado corporativo
- JHSF: aprovou emissão de R$ 300 milhões em debêntures
- B3: aprovou o montante de R$ 2,6 bilhões em debêntures.
- Petrobras: avalia aquisição no mercado de etanol de milho.
- BRB: comunicou que não decidiu próximos passos após negativa do BC na compra do Master; com fundos de pensão e bancos estatais expostos ao risco.
- Cosan: anunciou a possível entrada de André Esteves como sócio, dividindo controle do grupo.
