O dólar fechou esta segunda-feira (8) em leve alta de 0,09% frente ao real, a R$ 5,42. No mercado doméstico, o aumento das tensões políticas influenciou o câmbio. A semana é decisiva no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).
O ambiente ficou mais sensível após declarações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, em manifestação no 7 de setembro, com críticas ao ministro Alexandre de Moraes.
Segundo analistas, o episódio aumenta a percepção de risco e pode gerar cautela entre investidores, inclusive diante da possibilidade de novas sanções ao Brasil em caso de condenação do ex-presidente.
- Você já pode replicar as operações de um dos maiores especialistas do agro no mercado financeiro — veja como começar em poucos cliques.
Fontes ouvidas pela Broadcast citam que o governo dos Estados Unidos, sob Donald Trump, pode questionar empresas brasileiras sobre a aplicação da Lei Magnitsky contra autoridades locais.
No mês, acumula queda de 0,09%, após recuo de 3,19% em agosto. No ano, tem desvalorização de 12,34%.
Expectativas fiscais e eleições
Além da instabilidade política, investidores seguem atentos ao cenário fiscal. O governo defende a aprovação do projeto de isenção do Imposto de Renda, o que pode ampliar a pressão sobre as contas públicas.
Pesquisas eleitorais também foram divulgadas nesta segunda-feira. No estado de São Paulo, levantamento AtlasIntel mostrou Tarcísio à frente em simulação para 2026, com 38% das intenções de voto, contra 34% de Lula. Já a pesquisa nacional CNT/MDA apontou Lula com 35,8% no primeiro turno, contra 17,1% de Tarcísio. Em simulação contra Bolsonaro, Lula teria 36,2% contra 29,7%.
Dólar no exterior
No cenário internacional, o dólar também perdeu fôlego. O índice DXY, que mede o desempenho da moeda contra seis divisas fortes, recuou para 97,450 pontos, acumulando queda de mais de 10% no ano. Confira o gráfico DXY (em tempo real):
- A informação que os grandes investidores usam – no seu WhatsApp! Entre agora e receba análises, notícias e recomendações.
O euro ganhou espaço, mesmo após a derrota do primeiro-ministro francês, François Bayrou, em votação no parlamento.
Investidores agora aguardam a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos, na quinta-feira (11), que deve calibrar apostas sobre o ritmo de cortes de juros pelo Federal Reserve. O mercado já considera certa uma redução de 25 pontos-base na taxa básica americana em 17 de setembro.
Entre moedas emergentes, destaque negativo para o peso argentino, que caiu quase 5% após derrota eleitoral do partido de Javier Milei na província de Buenos Aires. O peso chileno também se desvalorizou. Analistas destacam que a piora nos ativos argentinos pode ter pressionado o real.