A Amazon anunciou a aquisição de participação na Rappi, em um movimento que adiciona um novo capítulo à disputa pelo mercado de entregas. A parceria iniciada nesta segunda-feira (8) unirá a infraestrutura tecnológica da big tech com a empresa colombiana, que já atua em 9 países da América Latina.
Segundo a Bloomberg, o aporte inicial é de US$ 25 milhões por meio de uma nota conversível. O acordo também garante à Amazon o direito de comprar até 12% da Rappi, caso determinadas metas sejam atingidas.
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A operação reforça o objetivo da Amazon de ampliar presença logística na América Latina para concorrer com Mercado Livre. Para a Rappi, o movimento significa acesso ao ecossistema da Amazon, incluindo a divisão de computação em nuvem (AWS) e sinergias em serviços de entrega.
Rappi reforça presença local além de parceria com a Amazon
Além do movimento com a Amazon, a Rappi também aposta no Brasil. A companhia anunciou investimentos de R$ 1,4 bilhão nos próximos três anos para ampliar a base de restaurantes parceiros e expandir de 50 para 300 cidades atendidas.
Um dos exemplos da guerra no setor foi revelado em julho, quando a coluna Capital, do jornal O Globo, informou que a 99Food incluiu em contratos com restaurantes cláusulas que restringem parcerias com concorrentes como Rappi e Keeta, em troca de incentivos financeiros.
Nova rodada de investimentos
A 99Food, inclusive, havia deixado o mercado em 2023 — assim como a Uber Eats em 2022 —, mas anunciou o seu retorno em agosto, com R$ 500 milhões destinados a São Paulo e região metropolitana. O plano da companhia é investir até R$ 1 bilhão nesta expansão pelo país.
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Em sua reestreia, em Goiânia, a plataforma registrou 1 milhão de pedidos em apenas 45 dias. Como estratégia, a 99Food está oferecendo 12 meses de isenção de comissão para restaurantes e incentivos extras a entregadores, como remuneração mínima diária nos primeiros meses de operação em São Paulo.
Concorrência chinesa e reação do iFood
A entrada de capital estrangeiro também movimenta o setor. A chinesa Meituan, dona do aplicativo Keeta, planeja investir US$ 1 bilhão (R$ 5,6 bilhões) em cinco anos para consolidar operações no Brasil. Na China, a empresa já soma 770 milhões de usuários e receita anual de US$ 46 bilhões.
Por outro lado, para sustentar a liderança, o iFood anunciou que investirá R$ 17 bilhões no país até 2026, com metas de elevar a base de usuários de 55 milhões para 80 milhões e aumentar os pedidos mensais de 120 milhões para 200 milhões até 2028.