O dólar fechou esta terça-feira (9) em alta de 0,35%, a R$ 5,43. Apesar da alta frente ao real, o dólar registrou queda em relação a algumas moedas latino-americanas e acompanhou a valorização das commodities, como minério de ferro e petróleo.
Operadores apontam que a cautela no mercado interno está ligada ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de tentativa de golpe de Estado.
O relator da ação, ministro Alexandre de Moraes, votou pela condenação de Bolsonaro e outros sete réus, incluindo o general Braga Neto, candidato a vice em 2022, e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid. O ministro Flávio Dino acompanhou o voto pela condenação.
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Nos Estados Unidos, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que não há medidas adicionais a serem antecipadas, mas reforçou que Washington não hesita em usar poder econômico e militar para “proteger a liberdade de expressão”.
Em entrevista ao Broadcast, Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora, disse que há receio de que uma eventual condenação de Bolsonaro resulte em novas sanções contra o Brasil por parte da administração de Donald Trump.
O especialista também destacou que a reunião virtual do Brics convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforça a percepção de risco geopolítico, aumentando a busca dos investidores por proteção.
Dólar no exterior
No cenário internacional, o índice DXY, que mede a força do dólar frente a seis moedas fortes, subiu 0,35%, alcançando 97,813 pontos. Confira o gráfico DXY (em tempo real):
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O movimento ocorreu mesmo após o Departamento do Trabalho dos EUA revisar para baixo a criação de empregos em 911 mil vagas até 2025. A revisão acentuou críticas ao Federal Reserve, acusado pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent, de sufocar o crescimento com juros elevados.
Investidores aguardam a divulgação de dados de inflação no atacado e no varejo nesta semana para ajustar apostas sobre a trajetória de cortes de juros do Fed. O mercado já considera praticamente certa uma redução de 25 pontos-base na reunião de 17 de setembro.