O direito à revisão de Certidão de Tempo de Contribuição (CTC) pelo Instituto Nacional do Seguro Social, ou INSS, tornou-se um foco de debates jurídicos relevantes no Brasil após o recente mandado de segurança impetrado devido à excessiva demora na análise desses pedidos administrativos. A decisão de um juiz federal em Goiás destacou a importância do respeito ao prazo legal de 30 dias para a análise de tais pedidos, sublinhando a relevância do tempo razoável de duração do processo, garantido pela Constituição. Este caso levantou questões importantes sobre a eficiência administrativa e a garantia dos direitos dos cidadãos no contexto previdenciário.
Princípios constitucionais e legais envolvidos

O direito à razoável duração do processo é previsto constitucionalmente, reforçado pela EC 45/2004. Esse princípio exige do INSS o respeito aos prazos na análise dos pedidos de CTC. Normas como as leis 9.784/99 e 9.051/95 fundamentam a necessidade de decisões rápidas e expedição célere de certidões.
O descumprimento desses prazos implica violação de direito líquido e certo do requerente. A eficiência administrativa é essencial para a efetividade das garantias previstas na legislação previdenciária.
A lentidão no procedimento administrativo pode gerar não só frustração ao segurado, mas também demandas judiciais contra o INSS.
Impactos da demora nos beneficiários
Segurados dependem dos benefícios previdenciários para sua subsistência, sendo a CTC fundamental para requerer aposentadorias e outros direitos. Atrasos comprometem o planejamento financeiro do cidadão.
Esses atrasos acarretam insegurança jurídica, prolongam incertezas e provocam sofrimento indevido aos segurados. Muitas vezes, obrigam o cidadão a buscar o Judiciário, acarretando ainda mais morosidade.
A ineficiência prejudica a imagem do INSS e abala a confiança da sociedade no sistema previdenciário.
Descumprimento de prazos e repercussões
O acordo homologado pelo STF no Tema 1.066 determina um prazo máximo de 90 dias para emissão da CTC em cumprimento a ordens judiciais.
No caso destacado, esse prazo foi desrespeitado, reforçando a necessidade de processos mais ágeis e de responsabilização administrativa dos órgãos envolvidos. O desrespeito a decisões judiciais pode impor sanções ao INSS e é alvo de constante admissibilidade judicial.
Demandas judiciais e soluções para eficiência
A demora administrativa resulta em crescente judicialização, sobrecarregando o Judiciário e gerando custos desnecessários. O aprimoramento dos procedimentos internos e o uso intensivo de tecnologia pelo INSS são medidas urgentes para reduzir essas demandas.
É fundamental ainda investir em treinamento de servidores para garantir um atendimento mais ágil e eficiente.
Medidas para regularização do atendimento
Decisões judiciais determinam que o INSS cumpra rigorosamente os prazos legais, especialmente o de 30 dias para análise de pedidos de CTC.
A reestruturação de processos administrativos é essencial para dar conta do volume crescente de demandas e atender ao princípio da eficiência. O uso de ferramentas digitais e a automação podem acelerar a tramitação e beneficiar todos os segurados.
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Perspectivas e garantia dos direitos previdenciários
Espera-se que as recentes decisões e o reforço de normas impulsionem a evolução da gestão no INSS. O respeito ao prazo legal fortalece a confiança dos cidadãos no sistema previdenciário e contribui com a segurança econômica do segurado.
Com agilidade e respeito às garantias constitucionais, o INSS pode consolidar um serviço mais justo e eficiente.